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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Textos produzidos para a 3ª Edição do Jornal SuperAção

Editorial
Caro leitor, é com grande satisfação que publicamos a última edição do Jornal SuperAção do ano de 2.015. Sem dúvida, uma iniciativa que ajudou os alunos da Recuperação Paralela na motivação e conquistas na leitura e escrita. Feliz Natal e um Ano Novo de muito sucesso a todos. Boa leitura!
A lenda dos diamantes
            Essa história aconteceu há muito tempo, numa taba de índios que ficava perto de um rio. Lá morava um casal muito feliz. O nome do marido era Itagibá, que quer dizer braço forte. Ele era um guerreiro forte e corajoso. A mulher chamava-se Potira, quequer dizer flor. Ela era mesmo bonita como uma flor.
            Depois começou uma guerra contra uma outra tribo de índios. Itagibá teve que partir para a guerra. Ele foi junto com os outros guerreiros de sua tribo. Itagibá ficou muito triste, teve que se despedir e deixou sua mulher.
            Potira ficou na margem do rio. Ela acompanhou com os olhos a canoa em que ia Itagibá. Potira quase não derramou uma só lágrima.
            Passaram-se muitos dias e Itagibá não voltava.
            Todos os dias a índia Potira ia para a margem do rio esperar a volta do marido, ela estava com muita saudade dele.
            Um dia, alguns índios voltaram para a taba e contaram para Potira que Itagibá havia morrido.
            Então a índia chorou muito. Ela passou o resto da vida na beira do rio chorando de saudade.
            As lágrimasbrilhantes de Potira foram se misturando com a areia do rio.
            O sofrimento da índia foi tão grande que Tupã ficou impressionado. Para que todos se lembrassem do grande amor de Potira, fez com que suas lágrimas se transformassem em diamantes.
            Contam que é por isso que os mineiros encontram os diamantes misturados no cascalho dos rios. O brilho dessas pedras faz lembrar as lágrimas derramadas por Potira.
Texto adaptado do livro Almanaque para trabalho com pontuação.

As três irmãs
            As três irmãs viviam numa fazenda, duas irmãs eram muito medrosas, tinham medo de tudo e a outra nada temia. A Bia e a Tati não saiam nem no quintal, a Lúcia fazia tudo que queria. A Lúcia chamou a Bia e a Tati para andar a cavalo. Com medo elas responderam; “Não, vamos dormir.” A Lúcia fingiu que caiu do cavalo e chamou as irmãs para ajudar. A Bia e a Tati saíram correndo e viram como a fazenda era bonita. Ao chegar na baia elas ficaram maravilhadas com a beleza dos cavalos e perceberam que sua irmã Lúcia só queria que elas saíssem de casa. A Bia e a Tati foram perdendo o medo e as três foram andar a cavalo.
            -Irmã, obrigada por insistir com a gente e nos fazer perder o medo.
            - Não agradeça, disse Lúcia, só quis mostrar que não há nada a temer, que juntas superamos tudo.
            E assim passaram o melhor final de semana juntas, brincando, sorrindo e sem medo.
Aluna:Ana Luiza Miranda Gonçalves

O príncipe sapo
            Era uma vez uma linda princesinha que adorava brincar perto de uma fonte com sua bolinha. A princesa jogava a bolinha para o ar, corria, pegava e tornava a jogar. Um dia, sua bolinha caiu dentro da fonte e ela ficou muito triste. De repente, surgiu um estranho sapo brilhante de dentro da fonte, que lhe perguntou:
            - Por que você está triste, princesa?
            - Estou triste porque a minha bolinha caiu dentro da fonte e não consigo pegá-la!- respondeu a princesinha.
            O sapo, então, propôs:
            - Devolverei sua bolinha se você prometer que virá sempre aqui para brincar comigo, pois eu me sinto muito sozinho.
            A princesinha prometeu que sim, mas, logo que recuperou sua bolinha, esqueceu-se da promessa feita ao sapo. Dias depois, o sapo resolveu visitar a princesa, que estava no castelo. Ele bateu à porta e o rei lhe perguntou o que queria. Antes de o sapo responder, a princesa contou toda a história sobre sua promessa.
            O rei convidou o sapo a entrar no castelo e brincar com sua princesinha. Ao anoitecer, o sapo despediu-se dela, pedindo-lhe um beijo. A princesinha deu-lhe o beijo. No mesmo instante, o sapo brilhante transformou-se num príncipe. Então ele contou à princesinha, ao rei e à rainha que muitos anos antes, uma bruxa malvada o havia enfeitiçado. E ele sóvoltaria a ser príncipe se uma princesa um dia o beijasse. Logo o príncipe e a princesinha casaram-se e foram muito felizes.
Texto adaptado para o trabalho com coerência

OPINIÃO DOS LEITORES
“Meu sonho para o futuro”
Meu sonho para o futuro é que não cortassem mais as árvores. Pois elas são muito importante para todos. Nós podemos colaborar economizando papel e outros objetos recicláveis e parar de poluir, de destruir o planeta, parar de jogar lixo dos mares e nas ruas das cidades. Assim o nosso planeta vai ficar melhor.
Stefani Fernanda Rodrigues de Oliveira
“Uma chance para o planeta”
Meu nome é Maria Eduarda Rodrigues Lima Anibal, tenho 12 anos e o meu pedido a você leitor é que, por favor, cuide do nosso planeta, para que nossos filhos tenham a chance de conhecer os animais que ainda vemos, pois com o derretimento das geleiras, muitas espécies podem se extinguir.
“ Nosso planeta pede socorro”
Nosso planeta não está tão legal com tanto desmatamento, tanta poluição e tanto gasto de água, eu acho que isso deveria mudar, não podemos fazer isso com nosso planeta, porque se o nosso planeta morrer, nós também morreremos.
Marcos Eduardo de Lima Anibal
“ Desmatamento”
Oieu me chamo Luiz Carlos Ferreira Santos, eu só escrevi isso para vocês plantarem árvores porque está tendo muito desmatamento no mundo. Se nós não plantarmos árvores no mundo nós não vamos ter oxigênio. Evite o desmatamento.
“ Meu sonho para o futuro do planeta”
Ter uma vida melhor, sem desmatamento, sem poluir os rios, lagos e mares com lixo ou outras coisas. Se jogarmos o lixo onde os peixes vivem, eles vão morrer com tanta sujeira (lixo hospitalar, garrafas pet e restos de alimentos). Nunca vamos ter um planeta saudável, o nosso planeta vai ficando mais doente com tanta população jogando latinha de refrigerante, palito de picolé, copo descartável, além da fumaça dos carros que também faz mal para o meio ambiente. Nós temos que separar e reciclar o lixo: papel com papel, vidro com vidro, plástico com plástico, metal com metal. Em algumascidades, chove e alaga, as pessoas não tem mais casa para morar e ficam desabrigadas. Será que os homens não vão parar de cortar as árvores e cuidar direito do planeta Terra?
KaylaineGabrille Souza
“Protegendo”
Para melhorar o meio ambiente é necessário proteger a natureza. Devemos acabar com o desmatamento e acabar com a poluição. Devemos plantar mais árvores e proteger os animais.
Mirella de Oliveira Almeida

Fábula: O leão e o ratinho
Um dia, um leão estava dormindo espichado debaixo de uma sombra, vieram uns ratinhos brincar nas costas dele, o leão acordou, todos fugiram menos um que ele prendeu debaixo da pata. Depois de muito implorar, o ratinho acabou sendo solto pelo leão. Passando meia hora, uns caçadores prenderam o leão, os ratinhos roeram a corda e soltaram o leão e eles serão amigos para sempre.
Moral: Ajudar sempre uns aos outros.
Aluno: Pedro Henrique de Souza

Poesia: Minha professora e a escola
Eu tenho uma professora
Que é muito inteligente
Tem um bom coração
E muita educação
Para nos ensinar a lição.

Se eu sair dessa escola
Dela não posso reclamar não
O culpado foi eu
Que não soube aproveitar
Tanto carinho e dedicação.

Se um amigo me perguntar
Eu quero logo falar
Dessa escola que me encanta
Que nela não vejo o tempo passar.

Sei que tenho muito talento
Que ficou sempre escondido
E agora descubro
Que posso ser um poeta
Um poeta bem querido.

Aluno: Pedro Venâncio de Andrade Paraíso

Colaboração da Professora Maria José Filha Andrade


O ARTISTA TRAPALHÃO
ARTUR PINTOU UMA BARBA, PÔS NA CABEÇA UMA CARTOLA E SAIU DE PATINS.
ELE NÃO PRESTOU ATENÇÃO E TROPEÇOU EM UMA TARTARUGA. ELE GRITOU DE DOR.
- MAS QUE AZAR!
ALUNA:MARIA VITÓRIA RODRIGUES DE OLIVEIRA

RELATO: NOSSAS OBSERVAÇÕES COM A LUPA
A PROFESSORA MEIRE ENTREGOU A LUPA NA ESCOLA E NÓS VIMOS A BORBOLETA E A MARIA FEDIDA E DEPOIS OS BESOUROS. NÓS VIMOS AS FORMIGAS E DEPOIS VIMOS AS PLANTAS E DEPOIS NÓS PEGAMOS OS BESOUROS NA MÃO E VIMOS MUITAS COISAS COM A LUPA. VIMOS 6 PATINHAS NOS BESOUROS E 4 PATINHAS DE FORMIGAS. DEPOIS FORMAMOS A FILA E VOLTAMOS PARA A CLASSE.
ALUNA:LETÍCIA PEREIRA JACINTO
Colaboração da Professora Meire Carreira Rodrigues

O DIA EM QUE VI UM SACI
EU ESTAVA PASSANDO UM FIM DE SEMANA NUMA FAZENDA. FUI PESCAR NA BEIRA DE UM RIACHO. NO MEIO DA TARDE, SOPROU UM VENTO FORTE E VEIO UM REDEMOINHO. DENTRO DELE ESTAVA UM SACI DANDO GARGALHADAS.
ENTÃO ME LEMBREI QUE, QUANDO O SACI APARECE, A GENTE PRECISA DAR NÓ EM UMA CORDA.
QUANDO OLHEI PARA TRÁS, VI QUE ELE PAROU PARA DESAMARRAR.
ALUNO: KAUÊ OLIVEIRA GONÇALVES

O CACHORRO E O OSSO
NO DOMINGO PASSADO, O CACHORRO TOTÓ SAIU CORRENDO PARA ENTERRAR SEU OSSO NO JARDIM DE MINHA CASA.
QUANDO MAMÃE O VIU REMEXENDO NA TERRA, DEU-LHE UM CORRIDÃO.
ELE VOLTOU RAPIDINHO PARA O TERRENO BALDIO ONDE MORAVA.
ALUNO: GUSTAVO DIAS DOS SANTOS

BILHETES

MAMÃE ELIZA
VOCÊ PODERIA FAZER UM DOS SEUS DELICIOSOS BOLOS DE CHOCOLATE? ESTOU COM MUITA VONTADE. BEIJO E ABRAÇO.
GUILHERME BARBOSA RIBEIRO

QUERIDA MAMÃE,
QUERIA UM BICHINHO DE ESTIMAÇÃO PARA BRINCAR COMIGO. GOSTARIA DE GANHAR UM GATO NO MEU ANIVERSÁRIO. UM BEIJO E UM ABRAÇO.
JOSÉ HENRIQUE ALVES MEIRELES

CARA DIRETORA ANA PAULA
GOSTAMOS DE ESTUDAR, JOGAR E BRINCAR NA ESCOLA. QUERÍAMOS QUE MELHORASSEM OS BRINQUEDOS DO PARQUE E DE PLANTARMOS UMA HORTA PARA TERMOS NOVOS ALIMENTOS NA MERENDA. ABRAÇOS.
OTÁVIO HENRIQUE RODRIGUES OLIVEIRA,
SOFIA NASCIMENTO SILVA
E JOÃO VITOR DOS SANTOS MARTINS

Querida amiga Cabra-Vaidosa,
Convido-a para comemorar, em minha casa, meu aniversário, que será hoje. Haverá um lindo assado para ser comido.Será imensa a alegria de recebê-la.
Umabraço apertado de sua amiga.
Onça- Faminta

Prezada Onça-Faminta,
Não possoir na sua festa. Eu tenho que ir no salão de beleza. Fica para próxima vez.
Até logo. Um abraço.
Cabra-Vaidosa
Aluna:JúlliaSteffany Custodio Schatz

Professora Sabrina,
Gosto das atividades que você dá no Mais Educação. Gostei quando você trabalhou com os passarinhos e joaninhas. Gosto muito do que você faz e não vou te desobedecer.
Um abraço e um beijo,
Natiely Vitória dos Santos

Indicações literárias
O livro Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque e ilustrações de Ziraldo, conta a história de uma menina que tinha medo de tudo, ela nem dormia, porque tinha medo de pesadelo, mas o maior medo dela era o LOBO. Se você quiser descobrir como ela venceu seus medos, aconselhamos ler o livro.
Alunos: Júlia de Oliveira Lopes e Wylker Mateus Martins

“Eu tenho que achar um lugar para esconder as minhas vontades...” Raquel guarda suas vontades num lugar que você não pode imaginar: em uma bolsa chamada Amarela. Lá estão escondidos objetos e histórias inventadas. Saiba mais sobre esse livro, de Lygia Bojunga Nunes.
Alunos: Maria Eduarda Rodrigues Funchal e Nauã Vieira dos Santos

Você quer descobrir o que são miosotis azuis? Você gosta de torta de abóbora? Sabe o que é muquirana? Gosta de uma fofoca? Você se olha no espelho? É feliz? Para descobrir essas e outras questões, leia o livro Chapeuzinhos coloridos e descubra com as chapeuzinhos branco, verde, cor de abóbora, lilás, azul e preta, em uma história alegre e divertida, dos autores José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, Editora Objetiva.
Alunos: Wender Gabriel Martins e Janaina Vieira dos Santos

Memória Oral
Ana Lúcia de Godói Souza, 65, Orientadora Educacional, se recorda de momentos importantes da história da nossa escola, que faz parte da sua vida e onde trabalha a 17 anos: Família na escola; Musicando; Mostra de trabalhos dos alunos; Passeios culturais em Ribeirão Preto e Brodowski; Semana das Crianças; Festas Juninas e Festa das Nações. “Adoro trabalhar aqui, sinto-me útil e acredito que sou respeitada por todos os alunos”, comenta. Nós, do Jornal Superação agradecemos a parceria e disponibilidade com que incentiva a frequência dos alunos na RP.


Reflexão

O Natal de Manuel

André estava ajudando a mãe dele a arrumar a sala para a festa. Armaram o presépio. Penduraram bolas na árvore. Enfeitaram as portas. Pintaram os vidros da janela. Tudo para o Natal. E André quis saber:

- Mãe, que é Natal?

- É a festa do nascimento do menino Jesus.

Mas antes que ela explicasse mais, a campainha tocou. Tia Marta e tio Waldemar estavam chegando. Ele estava muito contente e disse:

- Minha loja está cheia de gente comprando coisas. Vou faturar firme. Natal é um tempo ótimo para ganhar dinheiro.

Mas tia Marta não parecia contente. Estava era muito cansada. Sentou numa poltrona, tirou os sapatos, pediu um copo d´água e falou:

- Esse negócio de comprar presentes me mata. Natal é um inferno.

André ouviu aquilo e ficou pensando. Não estava entendendo nada. Saiu da sala e foi para o quintal. No corredor, ouviu a irmã mais velha falando no telefone:

- Estou louca para chegar logo o Natal, para eu usar meu vestido novo.

E na cozinha, no meio de uma porção de formas e panelas, a cozinheira reclamava:

- Eu não aguento mais. Todo Natal é esta trabalheira...

Cada vez André entendia menos. Ainda bem que Henrique estava brincando na calçada. Henrique era o primeiro aluno da classe, sabia sempre todas as lições, respondia a tudo. Devia saber. André resolveu perguntar:

- Henrique, que é Natal?

- É a capital do Rio Grande do Norte.

Mas Tião, o filho do porteiro do prédio ao lado, corrigiu:

- Natal era um cara lá de Madureira, que ajudou muita gente. Ele era da Portela, mas já morreu.

Lá dentro, um anúncio no rádio gritava:

- Aproveite o Natal e troque sua geladeira!

E depois:

- O Natal é um presente que você trabalhou para merecer.

É... O Natal de Henrique e o do rádio não podiam ser o mesmo. Enquanto André pensava, viu que a avó vinha chegando. Depois de lhe dar um beijo, ela perguntou:

- Você está se portando direitinho, André? Amanhã é Natal, dia de menino bonzinho ganhar presente.

André resolveu perguntar ao pai, de noite, quando ele chegasse do trabalho. E ouviu isto:

- É um dia ótimo, feriado. Não tenho trabalho.

Antes de dormir, André ficou deitado, pensando naquilo tudo. A cabecinha dele lembrava todas aquelas coisas: Natal é o nascimento de Jesus. É um tempo ótimo para ganhar dinheiro. É dia de ficar em casa sem trabalhar. É uma trabalheira. É um presente. É um inferno. É hora de trocar a geladeira. É um homem lá de Madureira, É a capital do Rio Grande do Norte. É dia de botar vestido novo. É dia de menino bonzinho ganhar presente.

No dia seguinte, André resolveu falar com Manuel. É que Manuel era o maior amigo dele, colega na escola pública, um menino muito pobre, filho de dona Maria e de seu José, marceneiro e biscateiro que morava na favela ali perto.

- Manuel, eu queria descobrir o Natal de verdade.

- Natal é o que a gente acha que é. Cada um tem o seu, de um jeito diferente. Para você, Natal é o que, André?

- Sei lá... Um dia de estar todo mundo junto, alegre. Uma festa.

- É isto mesmo. Mas tem alguns segredos.

- Já sei, Precisa ser bonzinho...

- Nada disso. Precisa é ser bom. Bom mesmo. Emprestar brinquedos para os outros. Não maltratar os animais. Não bater em menino menor.

- Em maior pode?

- Às vezes, pode, que nem no outro dia, quando o João queria quebrar a bicicleta da Tereza e você não deixou. Mas o melhor é descobrir sozinho os segredos do Natal.

Então André convidou:

- Você não quer vir com seus pais passar o Natal lá em casa conosco?

Manuel deu um sorriso muito maroto, de quem estava aprontando alguma brincadeira:

- Querer, quero. Mas nós vamos estar muito ocupados hoje... Não posso prometer. Quer dizer, não vou, mas vou.

E os dois se despediram.

De noite, começou a festa, linda.

Uma porção de coisas gostosas em cima da mesa. Uma porção de presentes junto da árvore. Uma porção de gente chegando, sorridente, de roupa nova. Os avós, os tios, os primos, os irmãos, os amigos. Só Manuel não chegava com dona Maria e seu José.

Todo mundo ria e estava alegre. Começaram a comer e a beber em volta da mesa. Mais tarde, cada um deu presentes para os outros e foi muito divertido. André pegou logo uns carrinhos e foi brincar perto de onde estava armado o presépio.

Então ele lembrou que aquela festa toda era por causa do nascimento do menino Jesus. E começou a conversar com o aniversariante, que estava quietinho lá no presépio, deitado na palha perto de São José e de sua mãe, Maria.

- Como é, Jesus, está gostando de sua festa? Sabe de uma coisa? Eu nunca tinha reparado, mas você é a cara do Manuel...

Aí o menino Jesus do presépio piscou o olho para André, e deu aquele mesmo sorriso maroto do Manuel. André sabia que não era sonho, que não era porque estava tarde e ele também já estava piscando. Era porque Manuel tinha vindo mesmo ao Natal dele.

E André ficou ainda mais feliz. E aprendeu então o segredo do Natal. Aprendeu que Natal é um dia de festa, mas não é muito diferente dos outros dias. Quem é interesseiro o ano todo, continua interesseiro no Natal. Quem é resmungão, continua resmungão. Quem é invejoso, também. Quem só pensa em comer, só vê comida. Quem gosta das pessoas fica feliz porque todo mundo está alegre junto.

E quem é bom e quer encontrar o Natal de verdade pode até descobrir que o menino Jesus é um amigo da gente.

Fonte: O Natal de Manuel, Ana Maria Machado - Editora Nova Fronteira, 1985, RJ.


“NATAL É O NASCIMENTO DE JESUS, É DOAR E ACOLHER JESUS EM NOSSO CORAÇÃO. COMEMORAMOS ESTA DATA INDO À MISSA, FAZENDO A CEIA E BRINCAMOS DE AMIGO SECRETO.”

(GUSTAVO HENRIQUE FREITAS SILVA)


“O SIGNIFICADO DO NATAL É O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO E SUA COMEMORAÇÃO ANUAL. EM CASA, COMEMORAMOS COM UM CHURRASCO.”

(BRAYAN CARLOS OLIVEIRA)

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