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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Projeto Contos de Assombração- Recuperação Paralela 2.014


Projeto Assombração      

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                                                            CONTOS DE ASSOMBRAÇÃO                                            

O objetivo dessa proposta de trabalho é proporcionar momentos em que as crianças possam salientar ainda mais sua imaginação, criatividade e fantasias.
Priorizando o trabalho com leitura e escrita, bem como textos interessantes, divertidos e até assustadores, os alunos aprenderão um pouco mais sobre contos de assombração, ou seja, histórias que dão um certo medo e assustam um pouco.
Mas não se preocupem, pois são apenas histórias que as pessoas contam para se distrair, não são verdadeiras, pelo menos é o que dizem...
“Produzidas por espíritos extremamente imaginativos, as narrativas fantásticas são um jogo em que o autor "brinca" de forma mais ou menos séria com as nossas noções consensuais de realidade, com a nossa cosmovisão e com a forma como nos relacionamos conosco próprios e como o mundo que nos rodeia. As regras do fantástico são, sobretudo, as da imaginação e, por isso mesmo, tornam-se difíceis de definir. Procurando derrubar barreiras e preconceitos de natureza diversa, o fantástico muda freqüentemente de forma, de tema e de processos retóricos. Porém, o seu objetivo mantém-se — falar do impossível, do inverossímil, colocando-o no centro da narrativa. Fruto da imaginação, o fantástico desafia o nosso racionalismo”.
Dorine Cerqueira
Início do Trabalho

1º DIA
Professor, com o propósito de envolver seus alunos para o trabalho a ser desenvolvido, convide-os a assistir a um dos filmes indicados.
O jovem Victor Van Dorst está prestes a se casar com Vitoria Everglot, porém acidentalmente, casa-se com a noiva cadáver que o leva para conhecer a Terra dos Mortos.
Embora desejado desfazer-se do mal-entendido, Victor percebe que o local bem mais animado que o vilarejo vitoriano em que cresceu e viveu.
Johnny Deep interpreta um investigador de polícia cientificista enviado a uma aldeia para solucionar o caso de mortes misteriosas, envolvendo vítimas decaptadas.
Os moradores crêem que os crimes foram cometidos por uma lendária assombração sem cabeça.
Ao retornarem à sala de aula, incentive-os a falar sobre o filme e, em seguida, desenhar ou escrever o que mais lhes agradou.
2º DIA
Proponha o trabalho com contos de assombração. Esclareça que, ao longo deste trabalho, irão escrever um livro de contos de assombração, que poderá ser doado para a biblioteca da escola ou para uma das classes.
Quando tudo estiver pronto, combinarão um evento de lançamento do livro com autógrafos. É interessante ter, nesse dia, uma sessão de leitura de contos em voz alta. (Organize tudo para que o evento seja completo e lindo).
Termine, antecipando que terão muito trabalho mas, será um bom trabalho, pois estarão
aprendendo muito sobre contos, sobre leitura e escrita, além da possibilidade de produção de um livro inteirinho.
Conhecimentos prévios:
Para começar, peça aos alunos para pensarem em todos os contos semelhantes ao filme assistido que conhecem. Caso não conheçam contos de assombração, será uma boa oportunidade para conhecerem. Mas se já conhecem, será muito bom, pois poderão ajudar os colegas e o professor contando aqueles que sabem.
Os alunos deverão:
ü Elaborar uma lista com os títulos dos contos que conhecem: individual, dupla ou coletivo.
ü Ler a lista dos nomes dos contos que escreveram.
ü Elaborar (com ajuda do professor) uma lista geral e coletiva na lousa com os contos indicados pela classe.
ü Organizar esses contos a partir de algumas semelhanças. Por exemplo: lista dos contos de fadas, contos de terror e assim por diante. O que vale é organizar essas listas a partir dos contos que conhecem.
ü Organizar um cartaz com essa lista e anexá-lo no mural da sala para necessárias consultas.

Leitura em voz alta:

Envolva as crianças num clima de mistério dentro da sala de aula. Deixe a luz apagada e as cortinas fechadas, use alguma capa ou objeto misterioso nas mãos, etc
Entregue a cada aluno/dupla, uma cópia do texto abaixo, para que conheçam algumas curiosidades sobre este conto.

ESTE É UM CONTO POPULAR PERUANO. CHAMAMOS DE CONTO POPULAR PORQUE É PASSADO DE BOCA EM BOCA.
O TEMA DO TESOURO ENTERRADO É MUITO COMUM NO PERU. ANTIGAMENTE OS DONOS DE GRANDES FORTUNAS ENCHIAM PANELAS DE BARRO E OUTROS RECIPIENTES COM MOEDAS DE OURO E OS ENTERRAVAM EM LUGARES SECRETOS.
MUITAS VEZES MORRIAM SEM TER REVELADO O LUGAR EM QUE HAVIAM ENTERRADO O TESOURO.
CONTA-SE QUE O DEFUNTO APARECIA A FAMILIARES E AMIGOS PARA INDICAR O LUGAR E PEDIR-LHES QUE DESENTERRASSEM O TESOURO PARA ASSIM SUA ALMA ENCONTRAR REPOUSO.

Expectativas
Professor, pergunte aos alunos se já ouviram ou conhecem alguma história que tenha este mesmo tema? Caso conheçam, peça que contem para a turma.

O tesouro enterrado

Numa das ruas que davam na pracinha de Belém, na antiga cidade de Huaraz, havia uma casa dos tempos coloniais que sempre estava fechada e que vivia cercada de mistérios. Diziam que estava repleta de almas penadas, que era uma casa mal-assombrada.
Quando esta história começou, a casa já havia passado por vários donos, desde um avaro agiota até o padre da paróquia. Ninguém suportava ficar lá.
Diziam que estava ocupada por alguém que não se podia ver e que em noites de luar provocava um tremendo alvoroço.
De repente, ouviam-se lamentos atrás da porta, objetos incríveis apareciam voando pelos ares, ouvia-se o ruído de coisas que se quebravam e o tilintar de um sino de capela. O mais comum, porém, era se ouvirem os passos apressados de alguém que subia e descia escadas: toc, toc, tum; toc, toc, tum... As pessoas morriam de medo de passar por ali de noite.
Certo dia, chegou à cidade uma jovem costureira procurando uma casa para morar. A única que lhe convinha, por ficar no centro, era a casa do mistério.
Muito segura, a tal costureira afirmou que não acreditava em fantasmas e alugou o imóvel. Instalou ali a sua oficina, com uma máquina de costura, um grande espelho, cabides e uma mesa de passar a ferro.
Com a costureira moravam uma moreninha chamada Ildefonsa e um cachorrinho preto, de nome Salguerito. E foi o pobre do animal que acabou pagando o pato, pois o fantasma da casa decidiu fazer das suas com ele: puxava-lhe o rabo, as orelhas, e vivia empurrando o coitadinho.
Dormisse dentro ou dormisse fora da casa, à meia-noite Salguerito se punha a uivar de tal modo que dava medo. Arqueava o lombo, se arrepiava todo e ficava com os olhos faiscando de medo. Só dormia tranqüilo na cozinha, ao pé do pilão.
As pessoas costumavam ir bisbilhotar para ver como era a tal costureirinha e saber como aqueles três estavam se arrumando na casa mal-assombrada.
As duas mulheres não demonstravam em absoluto estarem assustadas nem se davam por vencidas. A única coisa é que tinham que dormir com a lamparina acesa e com o cão na cozinha.
O fantasma acabou se cansando de infernizar o animal, mas começou então a deixar suas marcas na oficina da costureira: o espelho entortava sem que ninguém o tocasse; a máquina de costura começava a costurar sozinha; os carretéis caíam e ficavam rolando no chão; desapareciam as tesouras, o alfineteiro, o dedal e o caseador; as mulheres sentiam a presença de alguém que as seguia o tempo todo e, às vezes, o espelho ficava embaçado, como se alguém estivesse se olhando muito próximo dele.
Várias vezes o padre passou pela casa levando água benta, mas o copinho onde ela ficava sempre aparecia misteriosamente entornado.
– Isso não é coisa do diabo – esclareceu o padre. – As coisas do diabo se manifestam de outra maneira e acabam com água benta, invocações ou com a santa missa.
Com isso, as mulheres ficaram mais tranqüilas.
– O que eu acho é que deve haver alguma coisa enterrada por aí. Dinheiro ou jóias guardados em algum lugar. Talvez alguma alma penada queira mostrar a vocês o lugar em que está o tesouro para poder repousar em paz e, neste caso, é preciso ajudá-la – sentenciou o padre.
Havia, nessa época, pelas bandas de Huaraz, um homem que se dedicava a procurar tesouros, cujo nome era Floriano. Era famoso e possuía uma larga experiência nesse tipo de trabalho. Chamaram-no muito em segredo e, certo dia, chegou sem que ninguém soubesse. Entrou na casa recitando rezas e súplicas, mascando coca, fumando cigarros e queimando incenso:
– Alma abençoada, sabemos que estás aqui e que nos ouves. Se queres alcançar o reino da paz, mostra-nos onde está enterrado o tesouro. Usa os sinais que quiseres, mas comunica-te conosco.
O homem ia de canto em canto repetindo a mesma coisa. Salguerito olhava para Floriano, latia e, em seguida, ia se deitar na cozinha, ao pé do pilão.
Floriano passou dois anos inteiros procurando o tal tesouro. A cada mudança de lua, lá estava ele, mas nunca encontrava uma resposta. Removeu o piso da casa inteira, bateu em todas as paredes, revistou as janelas e nada.
Salguerito fazia sempre a mesma coisa: olhava para ele, latia e corria até a cozinha para atirar-se ao pé do pilão. Até que um dia Floriano se foi, dizendo que nessa casa não havia nenhum tesouro enterrado.
Mas um domingo, quando Ildefonsa estava socando milho no pilão da cozinha para fazer pamonhas, seus pés esbarraram numa espécie de alça enterrada. Intrigada, a mulher foi cavoucando e cavoucando com uma faca, até que apareceu não apenas a alça completa, mas a boca de uma panela de ferro. Era exatamente no lugar em que Salguerito costumava se enfiar para dormir e onde se atirava sempre que Floriano vinha procurar o tesouro.
Surpresa, Ildefonsa foi correndo chamar a costureira.
– Veja – disse-lhe –, há uma panela enterrada aí embaixo.
Imediatamente as duas mulheres empurraram o pilão e zás-trás! Apareceu o tesouro: uma panela repleta de moedas antigas de ouro e prata, jóias e pedras preciosas dos tempos coloniais. Estava logo ali, à flor da terra, junto à pedra de moer.
Dizem que à meia-noite, depois de benzerem a casa, a costureira e Ildefonsa saíram da cidade levando consigo não apenas o tesouro encontrado, mas também Salguerito, o cãozinho judiado que lhes deu o sinal preciso de onde estava enterrado o tesouro.
Nunca mais se soube deles.
Coletânea de contos de tradição oral. Contos de assombração.
Co-edição latino-americana. São Paulo: Ática, 1988, 4a ed.
Lição de casa
Os alunos deverão:
ü Contar ou ler com seus pais ou vizinhos o conto trabalhado.
ü Entrevistá-los sobre outros contos de assombração.
ü Pedir que contem outro conto.
ü Registrá-lo no caderno, com título e o nome de quem o contou.

Reconto
Os alunos deverão:
ü Recontar ou ler, para os colegas, os contos de assombração que ouviram em casa.
ü Anotar no caderno o título e o nome do colega que contou o conto de que mais gostou.
O professor e/ou um aluno poderá anotar na lousa.

Tabela de Apreciação
Professor, prepare antecipadamente, um cartaz com a legenda abaixo e, antes de fazer a leitura, entregue a cada aluno uma cópia da tabela “Contos de Assombração”. Explique que isto é importante, pois ouvirão muitos contos de assombração e ao registrar os dados desses contos poderão dar a sua opinião no espaço da tabela indicado “apreciação”.

Gostei muito/ Gostei mais ou menos? /Não gostei

Título do livro/Título do conto/Autor/Editora/Apreciação

Leitura em voz alta - Expectativas
Professor, informe que o título do conto é “ O baile do caixeiro-viajante” e depois, faça questionamentos sobre as expectativas dos alunos em relação ao conto:
_ Do que será que vai tratar este conto?
_ O que vocês acham que vai aparecer no texto?
Converse com a turma, ouça a opinião dos alunos e organize, na lousa ou em cartaz, uma lista com todas as sugestões da classe.
Leia os três primeiros parágrafos do conto para que possam confrontar as idéias anteriores com as do início do conto e verificarem o que continuam mantendo na lista ou o que querem tirar.
Continue a leitura até o final para descobrir as surpresas que os aguardam.

O baile do caixeiro-viajante
Sábado é dia de baile, tanto na roça quanto na cidade.
Numa cidade pequena do interior o baile é sempre um grande acontecimento.
Melhor situação para namorar e para arranjar namorado não tem.
O sábado é um dia muito propício para o nascimento de grandes amores. Pois foi num baile de sábado que o moço de fora apaixonou-se por uma donzela da terra. Foi mais ou menos assim que aconteceu.
Leôncio, sim, era esse o seu nome, conheço bem sua incrível história de amor.
Leôncio era um caixeiro-viajante da capital e vinha à cidade uma vez por mês prover de mercadorias as vendas do lugar. Ia e voltava no mesmo dia, mas houve algum problema com sua condução e daquela vez ele teve que dormir na cidade.
Cidade pequena, sem muitos atrativos, o que se poderia fazer à noite para distração?
Era dia de baile na cidade, um sábado especial, e uma orquestra de fora tinha sido contratada.
O moço do hotel que servia o jantar comentou:
– Seu Leôncio, este baile o senhor não pode perder.
E não podia mesmo, mal sabia ele.
Leôncio mandou passar o terno e foi ao baile.
Gostava de dançar, sabia até dar uns bons passos, mas era tímido, relutava em tirar as moças.
Passou boa parte do tempo de pé, apreciando, bebericando um vermute só para ter o que fazer com as mãos.
Por volta de meia-noite sentiu que chegava o sono e pensou em se retirar.
Foi quando viu Marina entrar no salão. Ficou sabendo depois que seu nome era Marina.
Marina chegou só e, ao entrar, passou junto a Leôncio. Bem perto dele ela parou e se virou para trás.
– Oh! Deixei cair minha chave no chão.
Ela falava consigo mesma, distraída que estava, mas para Leôncio, que tudo ouviu atentamente, suas palavras funcionaram como uma deixa. Ele se abaixou rapidamente, pegou a chave do chão e a estendeu à sua dona.
Antes que ela dissesse qualquer coisa ele falou:
– Pode agradecer com uma contradança, senhorita.
– Marina, meu nome é Marina. Sim, vamos dançar.
Dançaram aquela contradança e mais outra e outras mais. Dançaram o resto da noite, até o baile terminar.
Parecia que os dois eram velhos parceiros de dança, tão leves e tão graciosos eram seus passos.
Leôncio se sentia completamente enlevado, como se o encontro com a bela dançarina fosse um presente enviado pelo céu. Presente que ele nem merecia, chegou a pensar. Agradeceu à providência ter permanecido na cidade.
Já nem queria ir embora no dia seguinte.
Em nenhum momento Marina fez menção de o deixar para encontrar amigos ou conhecidos no salão. Ele tinha a sensação de que ela fora ao baile só por ele, de que era com ele que queria dançar a noite toda.
Não teria namorado, noivo, marido?
Muitas paixões chegam enquanto se dança.
Leôncio apaixonou-se por Marina ao dançar com ela.
Então, a orquestra tocou a música de encerramento e o baile acabou, já era alta madrugada.
Leôncio insistiu em acompanhar a moça até sua casa. Ela aceitou a companhia, era perto, iriam a pé.
Estava frio lá fora, uma fina garoa molhava as calçadas. Na portaria do clube Leôncio pegou a capa que tinha deixado ali guardada. Ele tinha uma capa da qual nunca se separava. Viaja a muitos lugares diferentes, enfrentando os climas mais imprevisíveis. A capa era sempre o abrigo garantido.
Leôncio ofereceu a capa à companheira para que se protegesse do mau tempo.
– Para você não se resfriar, faz frio.
Ela aceitou, vestiu o sobretudo e os dois foram andando pelas calçadas.
Caminhavam de mãos dadas, como namorados, falavam pouco, só o essencial.
Próximo à saída da cidade, a moça disse ao caixeiro-viajante:
– Despedimo-nos aqui.
E explicou por quê:
– Não fica bem você ir comigo até onde moro.
– Está bem, como quiser – ele consentiu.
Começando a despir o sobretudo, ela disse:
– Leve sua capa.
– Não, fique com ela. Está frio.
E completou:
– Depois você me devolve.
Era difícil para Leôncio deixar a moça ir, mas havia a possibilidade do amanhã e do futuro todo.
Ele propôs, com o coração na mão:
– Amanhã, às oito a noite, em frente à matriz?
Ela assentiu e o beijou.
A garoa fria tinha se transformado em densa neblina, mal se vislumbrava a luz dos postes de iluminação.
O silêncio reinava soberano.
Um cão uivou ao longe.
Leôncio viu Marina desaparecer na bruma da madrugada. Com as mãos nos bolsos e o corpo retesado pela friagem, o caixeiro retornou ao hotel.
O dia seguinte foi de grande ansiedade, mas finalmente a noite chegou para Leôncio.
Muito antes da hora marcada lá estava ele em frente à igreja esperando por Marina. Só quando o relógio da matriz bateu doze badaladas Leôncio aceitou com tristeza que ela não viria mais. Temeu que alguma coisa grave tivesse acontecido. Tinha certeza de que ela gostara dele tanto quanto ele gostara dela.
Alguma coisa grave teria acontecido.
Ele ia descobrir.
Era tarde e só restava ir dormir, mas na manhã seguinte, mal se levantou, já foi perguntando pela moça. Na rua, no largo da matriz, em todo lugar, interrogava sobre a moça e nada.
Estranhamente ninguém sabia dizer quem era ela. Numa cidade pequena todo mundo se conhece, todos sabem da vida de todos, todos se controlam, vigiam-se uns aos outros. A fofoca é cultivada como se fosse uma obrigação, como se representasse um dever cívico.
Uma linda moça da cidade vai ao baile desacompanhada, dança a noite toda com um desconhecido e ninguém sabe quem ela é?
Ele continuou perguntando por sua dançarina. Foi aos armazéns e lojas que tinha como clientes, descrevia a moça, dizia seu nome e ninguém sabia dizer quem era a donzela.
– Aquela com quem dancei ontem a noite toda.
Ninguém tinha visto.
Desanimado, voltou para sua hospedagem.
Então um velho se apresentou, era um empregado do hotel, empregado que Leôncio nunca tinha visto, nem nessa nem em outras estadas na cidade.
Era alto, magro e de uma palidez desconcertante.
O velho empregado do hotel lhe disse:
– Moço, conheci uma tal Marina igualzinha à sua.
E completou, baixando a voz respeitosamente:
– Mas ela está morta, morreu há muito tempo.
Disse que a moça pereceu num desastre de carro, quando estava fugindo para se casar com um caixeiro-viajante, casamento que a família dela não queria, de jeito nenhum.
Leôncio ficou chocado com a história, que absurdo! Imaginar que se tratava da mesma pessoa!
– Nem pensar. Eu a tive nos braços a noite toda!
Mas o velho funcionário insistiu:
– No túmulo dela tem a fotografia, quer ver?
– Não pode ser, é um disparate, mas quero ver.
O velho não se fez de rogado.
Em poucos minutos estavam os dois subindo a ladeira que levava ao afastado cemitério da cidade.
Com a cabeça girando, cheio de dúvidas e incertezas, Leôncio se perguntava:
– O que é que eu estou fazendo aqui?
Chegaram ao portão do campo-santo e o velho disse a Leôncio que entrasse sozinho. Não gostava de cemitérios, desculpou-se. Explicou como chegar ao túmulo da moça, despediu-se com uma reverência e foi embora.
Não foi difícil para o caixeiro-viajante encontrar a campa que seu acompanhante descreveu com precisão.
A tardinha se fora, escurecia, a noite já caía sobre o cemitério. A neblina voltava a descer e esfriara um pouco. Leôncio sentia frio, tremia, mas podia enxergar perfeitamente.
Estava de pé diante da tumba. E o retrato da defunta que ali jazia era mesmo o dela. “Aqui descansa em paz Marina, filha querida”, era o que dizia a inscrição em letras de bronze, havia muito tempo enegrecidas, fixadas sobre o mármore gasto da lápide mortuária.
O olhar aturdido de Leôncio desviou-se do retrato, não queria ver mais o rosto amado aprisionado na pedra pela morte. Triste desdita a do viajante,havia mais coisa para ver ali.
Uma tragédia nunca se completa sem antes multiplicar o desespero.
O olhar de Leôncio subiu em direção à parte alta do sepulcro.
Na cabeceira do jazigo estava uma peça que lhe era bastante familiar.
Sentiu um calafrio lhe percorrer a espinha, tinha as pernas bambas, o coração disparado.
Aproximou-se mais do túmulo para ver melhor.
Estendida sobre a sepultura, à sua espera, repousava sua inseparável capa.

Fonte: Prandi, Reginaldo. Minha querida assombração. São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 2003.

Verificação:
Professor, incentive seus alunos a confrontarem as idéias iniciais com as novas.
__ Houve muitas surpresas? Quais?
Os alunos deverão:
ü Registrar os dados deste conto e a sua apreciação na tabela.

Leitura em voz alta:
Encurtando caminho
Tia Maria, quando criança, se atrasou na saída da escola, e na hora em que foi voltar para casa já começava a escurecer. Viu uma outra menina passando pelo cemitério e resolveu cortar,
fazendo o mesmo trajeto que ela.
Tratou de apressar o passo até alcançá-la e se explicou:
– Andar sozinha no cemitério me dá um frio na barriga! Será que você se importa se nós formos juntas?
– Claro que não. Eu entendo você – respondeu a outra. – Quando eu estava viva, sentia exatamente a mesma coisa.

Do livro Sete histórias para sacudir o esqueleto. De Ângela Lago,
Editora Companhia das Letrinhas, São Paulo, 2002.

Registro:
Você já viu assombração ou conhece alguém que já viu?
Você acredita em assombração? Justifique.

Contos de Assombração – Leitura em voz alta
Professor, para realizar essa atividade, certifique-se de que há livros de contos de assombração na biblioteca da classe.
As duplas deverão
ü Selecionar, dentre os livros que compõem a caixa de leitura, alguns que acreditam tenham contos de assombração.
ü A cada livro selecionado, procurar pistas que justifiquem sua escolha.
ü Anotar em um cartaz ou no caderno os títulos dos livros e dos contos, os autores e o número da página.
Professor Informe que esse registro será utilizado para selecionar futuras leituras e depois, selecione um livro da lista para leitura.

Conhecimento Prévio:
Questione seus alunos a respeito dos contos de assombração:
__ Vocês acham que todo conto de assombração dá medo?
Informar que você irá ler dois contos (selecione da biblioteca da escola) e que, ao final da leitura, darão uma nova opinião.
Os alunos deverão:
ü Classificar e listar os contos conhecidos em duas colunas: os engraçados e os que dão medo.
Contos Engraçados / Contos assustadores
Leitura em voz alta
DA MARIMONDA, A MÃE-DA-MATA, NÃO SE DEVE FALAR
Quando Jacinto voltava cabisbaixo à sua chácara, encontrou-se com a velha Joana.
– Escuta, .lho, por que essa cara? – disse-lhe a velha ao cumprimentá-lo.
– Ah, nhá Joana – suspirou Jacinto –, é que hoje, quando eu fui buscar água pra regar minhas laranjeiras, vi que o rio estava seco. Não tinha nem uma gota d’água. Faz tanto tempo que não chove! Não sei o que fazer, nhá
– O rio estava seco, é? Mau sinal, .lho, mau sinal! – E a velha balançou a cabeça como se pressentisse calamidades.
– Mau sinal por que, nhá Joana?
– Pois olha, filho, tu é muito jovem e tu não sabe de nada. Mas eu te digo, que se o rio secou, é porque ela anda por aí e então... pobre de quem se encontrar com ela!
– Com ela quem? De quem é que vosmecê está falando, nhá Joana? - Jacinto estava muito assustado.
– É da Marimonda, a mãe-da-mata, filho. E de quem mais que ia ser? Mas eu não quero falar dela não. Não pode, .lho, dá azar. Só de pensar .co toda arrepiada. E vê se tu toma cuidado. Tu é um bom moço, Jacinto, tu não é como os outros, como esse tal de Runcho.
E a velha seguiu o seu caminho, apressada.
Jacinto sentiu imediatamente um calafrio percorrer-lhe a espinha. Lembrou-se, então, do Runcho Rincão. Já fazia tempo que esse sujeito derrubava árvores na cabeceira do rio, lá no alto do morro. Quando os lavradores perceberam, perguntaram-lhe por que fazia aquilo e ele explicou que os homens da serraria lhe pagavam pelas árvores que ele cortava. Serafim, o mais velho dos habitantes do povoado, advertiu-o então:
– Olha, Runcho, é melhor tu não fazer estrago na floresta que a Marimonda pode parecer.
Mas o Runcho não fez caso das palavras do velho e continuou destruindo todas as árvores que encontrava.
Pouco tempo depois, os lavradores começaram a notar que o rio descia com menos água e que cada vez ouviam-se menos os gritos dos papagaios e o conto dos melros nas matas.
A caminho de sua chácara, Jacinto continuou pensando no que fazer com os seus pezinhos de laranja recém-plantados, já que não tinha água para regá-los.
Começava a escurecer e detrás do morro despontava uma lua redonda e amarela. Tal era a sua preocupação, que nem se deu conta do alvoroço que o seu cãozinho Canijo fez ao vê-lo. Mas logo percebeu que o animal estava muito inquieto: grunhia, ladrava, cercava o dono e mordia as suas calças, tentando conduzi-lo para o caminho que levava ao morro. Jacinto sentiu a angústia de Canijo e decidiu segui-lo. Depois de se benzer várias vezes, começou a subir, deixando-se guiar pelo cachorro, que não parava de ladrar e grunhir.
Pouco depois, ouviu um ruído: chuiss, chuiss, sibilava um facão derrubando mamonas, sarças e samambaias. De longe, Jacinto avistou o Runcho, que, aproveitando a escuridão, estava abrindo uma trilha até um lugar onde havia uns cedros enormes que ele desejava
derrubar. Com o vento, as folhas das árvores rangiam, dando a impressão de que estavam chorando.
De súbito, a lua se escondeu detrás de uma nuvem e Jacinto não conseguiu enxergar mais nada. Canijo parou. Cessou também o ruído do facão na folhagem. A escuridão e o silêncio dominaram a floresta e um resplendor surgiu no meio da mata espessa.
O Runcho, como que hipnotizado, deixou cair o facão e se levantou com os olhos fixos no resplendor, o qual pouco a pouco foi tomando a forma de uma bela mulher. Seus cabelos longos e escuros caíam-lhe sobre os ombros e cobriam-lhe todo o corpo. Seus olhos grandes e muito pretos lançavam centelhas de fogo e seus lábios delineavam um sorriso feroz. Uma voz repetia:
– Vem... vem... vem...
Tão logo o Runcho conseguiu tocar a mulher, esta soltou uma aguda gargalhada, que retumbou no silêncio da noite. Rápida como um raio, sacudiu a cabeça e imediatamente os seus longos cabelos se transformaram num espesso musgo pardacento e em grossos cipós que, como serpentes, enroscaram-se no pescoço, nos braços e nas pernas do moço.
Jacinto fechou os olhos. Seu coração saltava como louco e suas pernas pareciam estar cravadas na terra. Alguns instantes depois, ele ouviu novamente os latidos furiosos de Canijo e o ranger das folhas sacudidas pelo vento. Abriu os olhos e aproximou-se do Runcho. Estava morto. Um cipó apertava-lhe o pescoço e, ao seu lado, estendia-se um rastro de musgo pardacento que se perdia no matagal. Ao longe, começou-se a escutar a água do rio que voltava a correr.
Jacinto jamais disse nada a ninguém. Da Marimonda, a mãe-da-mata, não se deve falar.
Coletânea de contos de tradição oral. Contos de assombração.
Co-edição latino americana. São Paulo: Ática, 1988, 4a ed.
Apreciação:
Converse com os alunos sobre o conto lido e, depois, solicite que façam a apreciação na tabela do caderno.
Análise de texto:
Vamos analisar como o autor utilizou as palavras no texto. Em primeiro lugar a forma como o autor indica que as pessoas estão com medo.
Os alunos deverão:
ü Reler os trechos do conto que estão marcados.
ü Listar (lousa, cartaz e/ou caderno) as formas utilizadas pelo autor para indicar que os personagens estão com medo.
Questione os alunos quanto outras formas conhecidas de escrever e que aparecem nos contos que indicam medo.
Os alunos deverão:
ü Listá-las no caderno.
ü Ler a lista para os colegas.
ü Elaborar, com ajuda do professor, uma lista coletiva.
Reconto:
1º Dia
Dar início à atividade, relembrando que já ouviram a leitura de vários contos de assombração e que agora chegou o momento dos alunos recontarem um conto para você.
Os alunos deverão:
ü Escolher um conto de que tenham gostado bastante.
ü Recordar e recontar oralmente.
Para que todos participem é importante que cada um peça a palavra e sempre espere o colega terminar o que estava dizendo. O conto é de todos, assim todos precisam participar.
O professor escreverá uma parte do texto na aula de hoje e no dia seguinte dará continuidade a ele.

2º Dia
Antes de escrever a segunda parte faça a leitura do que já escreveram. Em seguida, os alunos continuam o reconto para você registrá-lo.

3º Dia
Copiar em cartaz o conto escrito coletivamente.
Os alunos deverão:
ü Reler o texto e verificar se precisa ser melhorado.
Informe que esse conto será um dos contos do livro. Portanto, é necessário caprichar muito e tornar esse conto de assombração bem terrível e bem escrito!
Terminada a revisão:
ü Passá-lo a limpo, caprichando na letra.
ü Colocar o título com letras grandes no meio da folha, logo na parte de cima do papel, e o nome de quem o escreveu, ou seja, todos os alunos da classe.

4º Dia
Converse com os alunos, relembrando-os de que na apresentação deste trabalho foi proposto a leitura de um conto em voz alta no dia do lançamento do livro. Portanto, é necessário se preparar.
Dividir a sala em grupos. Cada grupo deverá:
ü Escolher um conto de assombração para treinar a leitura.
ü Anotar no cartaz (preparado anteriormente) o título e o nome do autor do conto que o grupo escolheu.
ü Combinar um local da escola onde o grupo possa ler em voz alta (treinar) sem atrapalhar os demais.
ü Ir para o local combinado e ler várias vezes: todos juntos, um de cada vez, por partes etc.
ü Combinar como farão a leitura para os colegas quando retornarem à sala de aula

Durante a leitura:
Combine com a classe como fazer uma avaliação da leitura dos amigos, dando dicas para que possam melhorá-la:
1- ALTURA DA VOZ – INDICAR SE FOI LIDO MUITO BAIXO, MUITO ALTO OU EM ALTURA ADEQUADA.
2- ENTONAÇÃO – INDICAR SE FOI LIDO COM BOA ENTONAÇÃO OU COM ENTONAÇÃO MONÓTONA.
3- FLUÊNCIA – INDICAR SE FOI LIDO DE FORMA FLUENTE OU SE FOI LIDO “DE SOQUINHO”, OU SEJA, COM MUITAS PARADINHAS ENTRE AS PALAVRAS.

Informe que, além desses pontos, eles poderão indicar outros que julgarem importantes para ajudar o colega a melhorar a leitura.
Para continuar a treinar, sugira que escolham outras classes para a apresentação.

Lição de casa:
Salientar a importância de se preparar para o dia de lançamento do livro de contos de assombração, lendo o texto que o grupo selecionou para a leitura.
Leitura em voz alta

MARIA ANGULA

Maria Angula era uma menina alegre e viva, filha de um fazendeiro de Cayambe. Era louca por uma fofoca e vivia fazendo intrigas com os amigos para jogá-los uns contra os outros. Por isso tinha fama de leva-e-traz, linguaruda, e era chamada de moleca fofoqueira.
Assim viveu Maria Angula até os dezesseis anos, decidida a armar confusão entre os vizinhos, sem ter tempo para aprender a cuidar e a preparar Quando Maria Angula se casou, começaram os seus problemas. No primeiro dia, o marido pediu-lhe que fizesse uma sopa de pão com miúdos, mas ela não tinha a menor idéia de como prepará-la.
Queimando as mãos com uma mecha embebida em gordura, acendeu o carvão e levou ao fogo um caldeirão com água, sal e colorau,2 mas não conseguiu sair disso: não fazia idéia de como continuar.
Maria lembrou-se então de que na casa vizinha morava dona Mercedes, cozinheira de mão cheia, e, sem pensar duas vezes, correu até lá.
– Minha cara vizinha, por acaso a senhora sabe fazer sopa de pão com miúdos?
– Claro, dona Maria. É assim: primeiro coloca-se o pão de molho em uma xícara de leite, depois despeja-se este pão no caldo e, antes que ferva, acrescentam-se os miúdos.
– Só isso?
– Só, vizinha.
– Ah – disse Maria Angula –, mas isso eu já sabia!
E voou para a sua cozinha a fim de não esquecer a receita.
No dia seguinte, como o marido lhe pediu que fizesse um ensopado de batatas com toicinho, a história se repetiu:
– Dona Mercedes, a senhora sabe como se faz o ensopado de batatas com toicinho?
E como da outra vez, tão logo a sua boa amiga lhe deu todas as explicações, Maria Angula exclamou:
– Ah! É só? Mas isso eu já sabia! – E correu imediatamente para casa a fim de prepará-lo.
sobretudo para dar cor aos alimentos.
Como isso acontecia todas as manhãs, dona Mercedes acabou se enfezando. Maria Angula vinha sempre com a mesma história: “Ah, é assim que se faz o arroz com carneiro? Mas isso eu já sabia! Ah, é assim que se prepara a dobradinha? Mas isso eu já sabia!”. Por isso a mulher decidiu dar lhe uma lição e, no dia seguinte…
– Dona Mercedinha!
– O que deseja, dona Maria?
– Nada, querida, só que meu marido quer comer no jantar um caldo de tripas e bucho e eu…
– Ah, mas isso é fácil demais! – disse dona Mercedes. E antes que Maria Angula a interrompesse, continuou:
– Veja: vá ao cemitério levando um facão bem afiado. Depois espere chegar o último defunto do dia e, sem que ninguém a veja, retire as tripas e o estômago dele. Ao chegar em casa, lave-os muito bem e cozinhe-os com água, sal e cebolas. Depois que ferver uns dez minutos, acrescente alguns grãos de amendoim e está pronto. É o prato mais saboroso que existe.
– Ah! – disse como sempre Maria Angula. – É só? Mas isso eu já sabia!
E, num piscar de olhos, estava ela no cemitério, esperando pela chegada do defunto mais fresquinho. Quando já não havia mais ninguém por perto, dirigiu-se em silêncio à tumba escolhida. Tirou a terra que cobria o caixão, levantou a tampa e… Ali estava o pavoroso semblante do defunto! Teve ímpetos de fugir, mas o próprio medo a deteve ali. Tremendo dos pés à cabeça, pegou o facão e cravou-o uma, duas, três vezes na barriga do finado e, com desespero, arrancou-lhe as tripas e o estômago. Então voltou correndo para casa. Logo que conseguiu recuperar a calma, preparou a janta macabra que, sem saber, o marido comeu lambendo-se os beiços.
Nessa mesma noite, enquanto Maria Angula e o marido dormiam, escutaram-se uns gemidos nas redondezas. Ela acordou sobressaltada. O vento zumbia misteriosamente nas janelas, sacudindo-as, e de fora vinham uns ruídos muito estranhos, de meter medo a qualquer um.
De súbito, Maria Angula começou a ouvir um rangido nas escadas. Eram os passos de alguém que subia em direção ao seu quarto, com um andar dificultoso e retumbante, e que se deteve diante da porta. Fez-se um minuto eterno de silêncio e logo depois Maria Angula viu o resplendor fosforescente de um fantasma. Um grito surdo e prolongado paralisou-a.
– Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago, que você roubou da minha santa sepultura!
Maria Angula sentou-se na cama, horrorizada, e, com os olhos esbugalhados de tanto medo, viu a porta se abrir, empurrada lentamente por essa figura luminosa e descarnada.
A mulher perdeu a fala. Ali, diante dela, estava o defunto, que avançava mostrando-lhe o seu semblante rígido e o seu ventre esvaziado.
– Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago, que você roubou da minha santa sepultura!
Aterrorizada, escondeu-se debaixo das cobertas para não vê-lo, mas imediatamente sentiu umas mãos frias e ossudas puxarem-na pelas pernas e arrastarem-na gritando:
– Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago, que você roubou da minha santa sepultura!
Quando Manuel acordou, não encontrou mais a esposa e, muito embora tenha procurado por ela em toda parte, jamais soube do seu paradeiro.

Conversa:
__ Vocês conhecem alguém parecido com a Maria Angula?
Os alunos deverão fazer a apreciação deste conto na tabela do caderno.

Produção de texto
Em duplas, os alunos deverão criar um novo final para este conto, a partir do trecho abaixo:
– MARIA ANGULA, DEVOLVA AS MINHAS TRIPAS E O MEU ESTÔMAGO, QUE VOCÊ ROUBOU DA MINHA SANTA SEPULTURA!
Biografia
Informar que este conto é do escritor colombiano famoso chamado Gabriel García Márquez e, que agora, vão conhecer mais sobre ele:
Entregue uma cópia a cada dupla/aluno. Leitura em Voz Alta
BIOGRAFIA

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ É UM DOS ESCRITORES MAIS IMPORTANTES DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA.
NASCEU NA ALDEIA DE ARACATACA, NA COLÔMBIA, EM 1928. SEU PAI, HOMEM DE ONZE FILHOS, TINHA UMA PEQUENA FARMÁCIA HOMEOPÁTICA, E SEU AVÔ MATERNO ERA UM VETERANO DA GUERRA DOS MIL DIAS, CUJAS HISTÓRIAS ENCANTAVAM O MENINO.
INICIOU O CURSO DE DIREITO EM 1947, E NESSA ÉPOCA PUBLICOU SEU PRIMEIRO CONTO.
TRABALHOU COMO JORNALISTA, ONDE FEZ GRANDES REPORTAGENS E CRÍTICAS DE CINEMA.
Assombrações de agosto
Gabriel Garcia Márquez
Chegamos a Arezzo pouco antes do meio-dia, e perdemos mais de duas horas buscando o castelo renascentista que o escritor venezuelano Miguel Ottero Silva havia comprado naquele rincão idílico da planície toscana. Era um domingo de princípios de agosto, ardente e buliçoso, e não era fácil encontrar alguém que soubesse alguma coisa nas ruas abarrotadas de turistas.
Após as muitas tentativas inúteis voltamos ao automóvel, abandonamos a cidade por um trilha de ciprestes sem indicações viárias e uma velha pastora de gansos indicou-nos com precisão onde estava o castelo. Antes de se despedir perguntou-nos se pensávamos dormir por lá, e respondemos, pois era o que tínhamos planejado, que só íamos almoçar.
Ainda bem – disse ela –, porque a casa é assombrada.
Minha esposa e eu, que não acreditamos em aparição do meio-dia, debochamos de sua credulidade. Mas nossos dois filhos, de nove e sete anos, ficaram alvoroçados com a idéia de conhecer um fantasma em pessoa.
Miguel Ottero Silva, que além de bom escritor era um anfitrião esplêndido e um comilão refinado, nos esperava com um almoço de nunca esquecer.
Como havia ficado tarde não tivemos tempo de conhecer o interior do castelo antes de sentarmos à mesa, mas seu aspecto, visto de fora, não tinha nada de pavoroso, e qualquer inquietação se dissipava com a visão completa da cidade vista do terraço florido onde almoçávamos. Era difícil acreditar que naquela colina de casas empoeiradas, onde mal cabiam noventa mil pessoas, houvessem nascido tantos homens de gênio perdurável. Ainda assim, Miguel Ottero Silva nos disse, com seu humor caribenho, que nenhum de tantos era o mais insigne de Arezzo.
O maior – sentenciou – foi Ludovico.
Assim, sem sobrenome, Ludovico, o grande senhor das artes e da guerra, que havia construído aquele castelo de sua desgraça, e de quem Miguel Ottero nos falou durante o almoço inteiro. Falou-nos de seu poder imenso, de seu amor contrariado e de sua morte espantosa. Contou-nos como foi que, num instante de loucura do coração, havia apunhalado sua dama no leito onde tinham acabado de se amar, e depois atiçara contra si mesmo seus ferozes cães de guerra, que o despedaçaram a dentadas. Garantiu-nos muito a sério que a partir da meia-noite o espectro de Ludovico perambulava pela casa em trevas, tentando conseguir sossego em seu purgatório de amor.
O castelo, na realidade, era imenso e sombrio. Mas em pleno dia, com o estômago cheio e o coração contente, o relato de Miguel só podia parecer outra de suas tantas brincadeiras para entreter seus convidados. Os oitenta e dois quartos que percorremos sem assombro depois da sesta tinham padecido de todo tipo de mudanças, graças aos seus donos sucessivos.
Miguel havia restaurado por completo o primeiro andar e tinha construído para si um dormitório moderno, com piso de mármore e instalações para sauna e cultura física, e o terraço de flores imensas onde havíamos almoçado. O segundo andar, que tinha sido mais usado no curso dos séculos, era uma sucessão de quartos sem nenhuma personalidade, com móveis de diferentes épocas abandonados à própria sorte. Mas no último andar era conservado um quarto imenso, por onde o tempo tinha esquecido de passar. Era o dormitório de Ludovico.
Foi um instante mágico. Lá estava a cama de cortinas bordadas com fios de ouro, e o cobre-leito de prodígios de passamanarias ainda enrugado pelo sangue seco da amante sacrificada. Estava a lareira com as cinzas geladas e o último tronco de lenha convertido em pedra, o armário com suas armas bem escovadas e o retrato a óleo do cavaleiro pensativo numa moldura de ouro, pintado por algum dos mestres florentinos que não teve a sorte de sobreviver ao seu tempo. No entanto, o que mais me impressionou foi o perfume de morangos recentes que permanecia estancado sem explicação possível no ambiente do dormitório.
Os dias de verão são longos e parcimoniosos na Toscana, e o horizonte se mantém em seu lugar até as nove da noite. Quando terminamos de conhecer o castelo, eram mais de cinco da tarde, mas Miguel insistiu em levar-nos para ver os afrescos de Piero della Francesca na igreja de São Francisco, depois tomamos um café com muita conversa debaixo das pérgulas da praça, e quando regressamos para buscar as maletas, encontramos a mesa posta.
Portanto, ficamos para o jantar.
Enquanto jantávamos, debaixo de um céu de malva com uma única estrela, as crianças acenderam algumas tochas na cozinha e foram explorar as trevas nos andares altos. Da mesa ouvíamos seus galopes de cavalos, errantes pelas escadarias, os lamentos das portas, os gritos felizes chamando Ludovico nos quartos tenebrosos. Foi deles a má idéia de ficarmos para dormir. Miguel Ottero Silva apoiou-os encantado e nós não tivemos a coragem civil de dizer não.
Ao contrário do que eu temia, dormimos muito bem, minha esposa e eu num dormitório do andar térreo e meus filhos no quarto contíguo. Ambos haviam sido modernizados e não tinham nada de tenebrosos. Enquanto tentava conseguir sono, contei os doze toques insones do relógio de pêndulo da sala e recordei a advertência pavorosa da pastora de gansos. Mas estávamos tão cansados que dormimos logo, num sono denso e contínuo, e despertei depois das sete com um sol esplêndido entre as trepadeiras da janela. Ao meu lado, minha esposa navegava no mar aprazível dos inocentes. “Que bobagem”, disse a mim mesmo, “alguém continuar acreditando em fantasmas nestes tempos.” Só então estremeci com o perfume de morangos recém-cortados, e vi a lareira com as cinzas frias e a última lenha convertida em pedra e o retrato do cavaleiro triste que nos olhava há três séculos por trás da moldura de ouro. Pois não estávamos na alcova do térreo onde havíamos deitado na noite anterior, e sim no dormitório de Ludovico, debaixo do dossel e das cortinas poeirentas e dos lençóis empapados ainda quentes de sua cama maldita.

Apreciação do texto
__ O que acharam deste conto? É terrível?
Os alunos deverão fazer a avaliação deste conto na tabela do caderno.
Informar que você vai reler alguns trechos deste texto e que eles devem prestar atenção para ver como o autor usou:
ü Palavras que descrevem os ambientes assombrados.
ü Quais os trechos que criam suspense e terror.
ü Quais as expressões utilizadas pelo autor para passar essa sensação e para embelezar o texto.
Anotar em cartaz ou na lousa.

Lição de casa:
Enfatizar a importância de se preparar para o dia do lançamento do livro de contos de assombração, lendo o texto que o grupo selecionou para a leitura.
Reconto:
1º dia - 1ª parte
Informe que irão escolher o 2º conto para o livro.
Os alunos deverão:
ü Retomar a tabela de apreciação dos contos.
ü Fazer uma relação para saber qual foi o conto de que a turma mais gostou, aquele que recebeu três estrelas.
ü Recontar oralmente o conto preferido pela turma para você escrevê-lo.
(ESCREVAM APENAS A PRIMEIRA PARTE. A SEGUNDA SERÁ ESCRITA NAS PRÓXIMAS AULAS)
2 º dia - 2ª parte
Continuar a produção do conto de assombração preferido pela classe.
Os alunos deverão:
ü Retomar a leitura do que já escreveram na aula anterior.
ü Continuar o reconto.
Informe que, para a próxima aula, você irá transcrever o conto em uma folha grande para que possam melhorá-lo.
3º dia
Fazer uma primeira revisão. Releia o texto para os alunos e, em especial, alguns trechos para que possam propor alterações e melhorá-lo ainda mais.
ü O que vocês acharam deste primeiro resultado? Parece bom? Há como aperfeiçoá-lo um pouco mais?
Lição de casa
Treinar a leitura do conto para o dia de lançamento do livro.
Revisão de texto.
Entregar para cada dupla uma cópia do último reconto escrito pela classe para o livro.
Os alunos deverão:
ü Fazer uma última revisão, deixando o texto o melhor possível.
Para que possam mexer no texto sem ter que passá-lo a limpo, neste momento, sugira que utilizem um recurso de revisão: (os sinais podem ser combinados coletivamente e registrados em um cartaz para futuras consultas)
= Se forem acrescentar somente uma palavra no meio de outra utilizem este recurso e escrevam a palavra acima dele.
= Se forem acrescentar mais palavras ou uma frase, façam uma estrela (asterisco) assim * e coloquem um número no local do texto. Por exemplo, *1 e depois numa outra folha repitam o símbolo *1 e escrevam o que gostariam de inserir.
Se forem retirar algo do texto, é só passar uma linha contínuasobre a palavras ou palavras a serem retiradas.
ü Escrever no caderno os trechos que quiserem inserir.
ü Não esquecer de utilizar os recursos aprendidos.
ü Socializar com as outras duplas as sugestões que pensaram para melhorar o texto.
ü Escolher as que parecem mais apropriadas para deixá-lo mais bem escrito.
ü Para terminar, passar o texto a limpo caprichando na letra, pois esta será a folha que irá para o livro.
ü Colocar título dos contos e nomes dos escritores.
Leitura em voz alta:
A Dinastia de Strega
Vou contar a vocês uma história que aconteceu há muitos anos atrás, quando era menino.
Eu devia ter por volta de nove anos quando tudo ocorreu.
Não fosse por isso, talvez minha vida não teria sido tão maravilhosa.
Talvez ela tivesse sido exatamente igual à de todos os meninos que moram em pequenos apartamentos, em grandes cidades poluídas e violentas.
Puxa, esqueci de me apresentar, meu nome é Rodrigo Freitas, tenho 97 anos e uma grande história para vocês. Na época em que isto tudo aconteceu, eu morava apenas com meu pai (minha mãe havia nos deixado, mas isso é outra história...).
Minha rotina era bastante comum, ia para a escola, voltava, almoçava, fazia minhas lições e depois brincava com meus amigos.
Tudo corria sem novidades, até que, numa tarde de tempestade, ventania e muito frio, encostou um grande caminhão à frente de nosso prédio. Não sei por que, mas naquele momento eu me encontrava sozinho no hall de entrada do prédio, e, com toda aquela chuva, duas pessoas desceram do caminhão e começaram a descarregá-lo. Caixas enormes, várias, móveis bem antigos e pesados. Quando eles se aproximaram, notei que se tratava de um homem, já bastante velho, e uma menina, que parecia ter a minha idade.
Eu fiquei feito bobo ali parado, não sei por quanto tempo, sem conseguir me mover, e não sei o que mais me espantou: se a maneira tranqüila com que eles descarregavam toda aquela mudança debaixo de tamanho temporal; se a maneira como eles carregavam aquelas estantes e baús enormes com tanta facilidade; se a aparência dos dois e o modo como estavam vestidos ou
se as coisas que eles traziam, tão velhas e diferentes. Eles não tinham sofá, geladeira, televisão, essas coisas tão fundamentais; mas, em compensação, tinham caixas e caixas de livros, enormes, potes de todos os tamanhos e cores, vassouras, caldeirões, e mais uma infinidade de objetos que pareciam ser realmente antigos.
A última coisa que a menina tirou do caminhão foi um gato, bastante gordo e peludo, que, ao passar por mim, miou e disse: “Olá!”. (Não é mentira! Eu realmente ouvi o gato falar!)
Foi então que percebi que havia ficado ali parado por tanto tempo, observando tudo, imóvel e embasbacado. Meu corpo estava todo dolorido e eu estava absolutamente confuso.
Peguei o elevador e fui para casa. Tomei um copo d’água, deitei no sofá e cheguei a duvidar de tudo o que tinha visto.
Aquilo tudo era muito estranho...
Será que eu havia sonhado? Será que estava maluco? Pode ser que realmente aquelas pessoas tinham entrado no prédio com todas aquelas coisas e eu tinha sido um bobo de estranhar.
Por que todo mundo tem que ser igual? Ter as mesmas coisas e tudo o mais?
É, não tinha nada de errado com aquelas pessoas!...
Eu ainda estava no meio desses pensamentos quando fui até a janela e pude ver no 13º andar uma luz acesa, naquele apartamento há tanto tempo fechado.
Forcei os olhos e vi uma movimentação lá dentro. Corri até o quarto de meu pai, subi no armário, abri o maleiro e peguei um binóculo. Voltei para a sala, apaguei a luz e fiquei bem escondidinho observando o 1313.
Foi quando pude ver a menina..........................
Texto elaborado pelas professoras Ana Paula, Eliana e Patrícia. Curso
de Formação de Alfabetizadores, 1997, Escola da Vila.
Produção de texto:

__ Como vocês terminariam este conto para que ele ficasse bem assustador?
Essa atividade poderá ser realizada em dupla ou coletiva. Se for em dupla, combine com os alunos que, após realizarem a tarefa, farão uma “rodada” na sala em que as duplas lerão o final que inventaram e todos vão votar/escolher a versão mais assombrosa.

Lição de casa
Treinar a leitura do conto escolhido para o dia de lançamento do
livro de contos de assombração.
Reescrita
1º dia - 1ª parte
Informe que essa atividade não se encerra no mesmo dia. A dupla vai reescrever a
primeira parte do conto hoje (o início) e, para isso, devem lembrar de como eles se iniciam.
Em duplas, os alunos deverão:
ü Consultar os contos lidos e analisar como começam.
ü Optar por uma forma.
ü Escolher um conto de assombração bem conhecido e preferido para ser reescrito e compor a coletânea de contos do livro de assombração da classe.
ü Anotar nos cadernos o título do conto e o autor escolhido pela dupla.
ü Colocar o Título do conto e o nome do autor.

2º dia - 2ª parte
Os alunos deverão:
ü Reler o que já foi escrito e dar continuidade ao texto.
ü Depois de pronto, reler novamente o conto todo e fazer os acertos que forem necessários. Se precisar, pedir a ajuda.
ü Passá-lo a limpo em uma folha avulsa para continuar o processo de revisão em outras aulas.
Lembrá-los de que são os escritores deste conto que será lido por pessoas que
precisam entender toda a seqüência da história e dos fatos, portanto, o texto deve ficar bem claro para o leitor e com cara de conto de assombração!

Lição de casa

Treinar a leitura em voz alta do conto escolhido pelo grupo.
Sugira aos alunos que preparem-se sozinhos ou com a ajuda de um familiar ou vizinho para a leitura do conto escolhido.
Há muitas pessoas que gostam de ler na frente do espelho, pois é interessante você olhar a sua postura ao ler.
Tirar os olhos do texto e olhar de vez em quando para o público é uma estratégia bem interessante para chamar a sua atenção. Experimente fazer isso nesta preparação da leitura.
Revisão de texto - Dupla
Informar aos alunos que devem trocar o conto que escreveram com o conto escrito por outra dupla e, em seguida:
ü Ler o conto dos amigos e dar sugestões de como melhorá-lo.
ü Utilizar os recursos de revisão combinados anteriormente(cartaz), para mexer no texto sem ter que passar a limpo.
Ao receberem o seu texto de volta:
ü Passá-lo a limpo, considerando ou não as sugestões propostas pelos colegas, pensando sempre na melhor opção para deixar o texto mais bem escrito.
ü Ao finalizar a tarefa, entregar uma cópia ao professor que, irá lê-los e dar dicas de como melhorá-lo ainda mais!

Revisão de texto – Bilhete
Informar que você anexou um bilhete junto ao texto(reescrita) com algumas dicas importantes para auxiliá-los na última revisão do conto.
Os alunos deverão:
ü Retomar o conto e melhorá-lo seguindo as dicas do bilhete.
ü Ao finalizar a tarefa, entregar novamente o texto ao professor que fará a revisão final, pois ele irá compor o livro.

Preparação da leitura do conto:
Converse com os alunos sobre o treino e preparação da leitura em voz alta do conto escolhido (lição de casa).Solicitar que os alunos se reúnam e decidam:
ü Como será realizada a leitura no dia do lançamento do livro.
§ Vão dividir o conto para que cada um da sala leia um trecho?
§ A leitura será feita por uma única pessoa ou de uma dupla etc.?
Ressaltar que essa escolha fica a critério dos alunos, e que o importante é que a leitura seja bem ensaiada.
Depois dos acertos, os grupos deverão socializar como será realizada a leitura nos grupos e preencher uma tabela, como a que está sugerida abaixo, anotando os contos escolhidos e os nomes dos colegas que irão lê-lo no dia do lançamento do livro.
É importante que os alunos escolhidos leiam na classe para que todos possam ajudá-los a aprimorar a leitura.

Revisão de texto – Passando a limpo:
Professor, devolva o conto reescrito pelas duplas com a última revisão feita por você.
Os alunos deverão:
ü Passá-lo a limpo na folha que irá para o livro, sem esquecer de caprichar na letra!
ü Podem ainda, se for possível, digitar o texto no laboratório de informática, o que deixará o livro bem mais interessante!
Ilustrações:

Professor, selecione antecipadamente os livros de contos de assombrações.
Os alunos deverão:
ü Observar nos livros de contos como as ilustrações se compõem com o texto e como podem ser apresentadas na página.
ü Decidir como serão a ilustração e a organização do texto na página.
ü Lembrar do título e dos nomes dos escritores, no caso os alunos.

Organização do livro:

Professor, chegou a hora de organizar o livro! O livro da sala será composto pelos contos de assombração que foram reescritos pela classe . O ideal é que, por meio de cópias, toda a turma ganhe exemplares dele. Mas se não for possível, somente um livro da sala também é muito bacana!
Selecione, antecipadamente, alguns livros para que os alunos:
ü Observem como os livros são montados;
ü Como as capas são feitas;
ü As informações contidas nas páginas que antecedem ou sucedem os contos.
ü Discutir como será a organização do livro da classe, o que não pode faltar na capa, o texto de apresentação e os nomes de todos os autores do livro.
Texto de apresentação do livro:
Professor, selecione antecipadamente alguns livros que possuem esta página e todos irão ouvir a leitura para ter idéia de como ela pode ser feita.
Os alunos deverão:
ü Preparar a página de apresentação do livro.
ü Escrever a apresentação do livro.
ü Planejar o texto listando as informações que devem aparecer nesta apresentação.
ü Ditar o texto para o professor escrever na lousa.
ü Fazer os ajustes necessários até achar que o texto está bom.
ü Copiá-lo com letra bonita ou digitar no computador.
Montagem do livro:

Professor, selecione alguns livros para que os alunos possam:
ü Observar como ele é montado (capa, contra capa...)
ü Organizar (com ajuda do professor) todos os textos que irão compor o livro da sala.
ü Escolher um papel mais resistente para a apresentação.
ü Colocar também uma folha, logo depois da capa, para a dedicatória no dia do lançamento do livro.
ü E, com o auxílio do professor, fechar a encadernação.

Capa do livro:
Os alunos deverão:
ü Decidir qual será o título do livro. Quem tiver alguma sugestão apresenta-a enquanto o professor lista os possíveis títulos na lousa.
ü Organizar uma votação – o título mais votado será o eleito.
Sugestão para a capa:



Nome da Escola

Título do Livro

Ilustração

Série - Ano










Ilustração da capa:
Professor, organize um concurso de ilustração da capa, mas antes será preciso que todos conheçam a coletânea de contos, pois a capa deve chamar a atenção do leitor para o que ele vai encontrar dentro do livro.
Os alunos deverão:
ü Observar e relatar como as capas dos livros de vários contos são ilustradas, para que possam se inspirar nelas.
ü Fazer as ilustrações.
ü Eleger aquela que será a capa do livro – os demais desenhos poderão enfeitar a sala no dia do lançamento do livro.
Tarefa cumprida! É hora de preparar e organizar o lançamento!

Lançamento:
Professor, organize junto com seus alunos como será o dia do lançamento.
ü Local, hora, data.
ü Apresentações.
ü Autógrafos...

Convite:
Peça aos alunos para trazerem convites de diferentes eventos para a sala de aula: aniversário, casamento, formatura, etc.
Organize a sala em grupos e distribua os convites entre eles. Os alunos deverão:
ü Organizar uma lista dos itens que são comuns aos convites.
ü Confrontar a lista elaborada pelo grupo com a lista elaborada pelos demais grupos.
ü Escrever e desenhar o convite para o dia do lançamento.
ü Eleger qual convite será o oficial da sala.
ü Fazer uma lista das pessoas que serão convidadas.
ü Endereçar os convites e encaminhá-los.



Professora Raquel recebe livro de Reescritas de seus alunos da RP

CUP CAKE

Professora Bete recebe livro das Reescritas dos seus alunos que frequentam a RP

Cup Cake deliciosos e assombrados...rs

Professora Bete no encerramento da sequência didática da RP

Professora Valdirene também foi convidada especial para ouvir histórias de assombração

Professora Bete recebe livro de reescritas de seus alunos: função social da escrita

Cup cake

Atividades de leitura de Contos de assombração: conhecendo  várias histórias de arrepiar o esqueleto!!!

Leituras, Reescritas, Produções de texto, Dramatizações e muito mais fizeram parte da nossa rotina

Cup Cakes

Professora Denise e os alunos do quarto ano também participaram do projeto

Cup Cake

Coordenadora Edna participou de uma Contação de história de Assombração

Professora Renata e seus alunos no encerramento das atividades do projeto

Mimo delicioso

                             

                            Produção e Reescritas dos alunos


A casa assombrada
Autora: Sabrina- 5º ano “A”
Em uma cidade chamada Pequena Ninessata,  morava um homem que não acreditava no que as pessoas falavam sobre a mansão que tinha em uma colina, quando contaram  para ele sobre a mansão ele ficou surpreso com tanta tolice que lhe diziam.
Então um dia ele pegou suas coisas, sua mulher, seu peixe e seu gato e partiu em mudança para a mansão que diziam ser mal assombrada.
Lá Noan e sua esposa Meg arrumaram a casa. Limparam, limparam até não ficar nenhum local pela casa sem limpar. Depois que a casa estava limpa, os móveis foram colocados. Depois de dias morando lá ele recebeu uma visita, era um homem que vivia ali na cidade que foi perguntar porque ele havia ido morar ali.
- Não sabe que é assombrado?-  ele disse.
- Eu não acredito nisso.
Então o homem foi embora e Noan continuou  vivendo com sua família.
Um dia, depois de ter trabalhado muito, Noan e sua esposa Meg estavam na sala com o gato Ferdinando e com o peixinho Noé quando de repente um fantasma apareceu na janela. Noan caiu da cadeira de tanto susto que ele levou. Meg ficou gritando no meia da sala,  o gato Ferdinando Miau foi parar debaixo da mesa e o peixinho Noé subiu para fora do aquário de tanto susto que ele Levou.
Noan pegou sua mulher, seu mascote e suas coisas e foi embora.
O povo da cidade tinha feito uma brincadeira com Noan porque gostava de ver quem era capaz de ficar na mansão depois de ver  um fantasma.
Como ninguém ficava, sempre faziam a mesma brincadeira,  mas eles diziam depois para todas as pessoas que eles assustavam que era uma brincadeira. Mas Noan fugiu com tanta rapidez que nem deu tempo deles dizerem que foi brincadeira.


A casa dos fantasmas

Autor: Fabyel- 5º ano “A”

Havia uma casa onde uma família inteira morreu. Os boatos eram que almas penadas ainda estão por lá.
Dez anos depois, já tinham passado vários donos pela casa.
Uma família decidiu morar lá. O marido se chamava Léo e sua esposa se chamava Anita. O gato de estimação  era chamado de Medroso e o peixe de Faísca.
Uma noite, Léo ouviu um estranho vento vindo do sótão.
Foi verificar e viu um rato.
Na segunda noite, Anita ouviu objetos se quebrando e foi ver o que era. Viu os talheres quebrados no chão.
Na outra semana, às oito da noite, ouviu uma voz berrando.
Eles viram um fantasma e saíram correndo, levando o gato e o peixe e nunca mais se ouviu falar deles.


A Dinastia de Strega
Produção do final da história
Vou contar a vocês uma história que aconteceu há muitos anos atrás, quando era menino.
Eu devia ter por volta de nove anos quando tudo ocorreu.
Não fosse por isso, talvez minha vida não teria sido tão maravilhosa.
Talvez ela tivesse sido exatamente igual à de todos os meninos que moram em pequenos apartamentos, em grandes cidades poluídas e violentas.
Puxa, esqueci de me apresentar, meu nome é Rodrigo Freitas, tenho 97 anos e uma grande história para vocês. Na época em que isto tudo aconteceu, eu morava apenas com meu pai (minha mãe havia nos deixado, mas isso é outra história...).
Minha rotina era bastante comum, ia para a escola, voltava, almoçava, fazia minhas lições e depois brincava com meus amigos.
Tudo corria sem novidades, até que, numa tarde de tempestade, ventania e muito frio, encostou um grande caminhão à frente de nosso prédio. Não sei por que, mas naquele momento eu me encontrava sozinho no hall de entrada do prédio, e, com toda aquela chuva, duas pessoas desceram do caminhão e começaram a descarregá-lo. Caixas enormes, várias, móveis bem antigos e pesados. Quando eles se aproximaram, notei que se tratava de um homem, já bastante velho, e uma menina, que parecia ter a minha idade.
Eu fiquei feito bobo ali parado, não sei por quanto tempo, sem conseguir me mover, e não sei o que mais me espantou: se a maneira tranqüila com que eles descarregavam toda aquela mudança debaixo de tamanho temporal; se a maneira como eles carregavam aquelas estantes e baús enormes com tanta facilidade; se a aparência dos dois e o modo como estavam vestidos ou
se as coisas que eles traziam, tão velhas e diferentes. Eles não tinham sofá, geladeira, televisão, essas coisas tão fundamentais; mas, em compensação, tinham caixas e caixas de livros, enormes, potes de todos os tamanhos e cores, vassouras, caldeirões, e mais uma infinidade de objetos que pareciam ser realmente antigos.
A última coisa que a menina tirou do caminhão foi um gato, bastante gordo e peludo, que, ao passar por mim, miou e disse: “Olá!”. (Não é mentira! Eu realmente ouvi o gato falar!)
Foi então que percebi que havia ficado ali parado por tanto tempo, observando tudo, imóvel e embasbacado. Meu corpo estava todo dolorido e eu estava absolutamente confuso.
Peguei o elevador e fui para casa. Tomei um copo d’água, deitei no sofá e cheguei a duvidar de tudo o que tinha visto.
Aquilo tudo era muito estranho...
Será que eu havia sonhado? Será que estava maluco? Pode ser que realmente aquelas pessoas tinham entrado no prédio com todas aquelas coisas e eu tinha sido um bobo de estranhar.
Por que todo mundo tem que ser igual? Ter as mesmas coisas e tudo o mais?
É, não tinha nada de errado com aquelas pessoas!...
Eu ainda estava no meio desses pensamentos quando fui até a janela e pude ver no 13º andar uma luz acesa, naquele apartamento há tanto tempo fechado.
Forcei os olhos e vi uma movimentação lá dentro. Corri até o quarto de meu pai, subi no armário, abri o maleiro e peguei um binóculo. Voltei para a sala, apaguei a luz e fiquei bem escondidinho observando o 1313.
Foi quando pude ver a menina..........................
Texto elaborado pelas professoras Ana Paula, Eliana e Patrícia. Curso
de Formação de Alfabetizadores, 1997, Escola da Vila.

A menina era uma bruxa que fazia feitiços e fez o gato falar com as pessoas. As pessoas ficaram com medo do gato por ele falar com elas.
Cauani e Letícia- 5º ano “B”
Foi quando pude ver a menina falando com o gato. Ela olhou na janela e seus olhos ficaram verdes escuro, arregalados. Eu, assustado, cai para baixo, bati a cabeça no chão e desmaiei. Não me lembro de mais nada.
Abner- 5º ano “B”
Foi quando pude ver a menina falando com o gato. Fiquei louco. Nunca mais subi naquele armário, nem olhei pela janela.
Vitor- 5º ano “A”
Foi quando pude ver a menina conversando com o seu mascote, mas o gato olhou para cima e aconteceu que, de repente um vaso atravessou a cabeça dela e eu vi que eles tinham sumido. A partir daí eu achei que fiquei maluco.
Fabyel- 5º ano “A”
Foi quando pude ver a menina pondo o gato no caldeirão, depois tirou o pêlo e cozinhava. O olho era da gordura que o gato tinha. Ela cozinhou, tirou o olho cozido, tirou os dentes e picou até ficar mole. Depois tirou as tripas com facilidade, tirou o coração, pulmão e com as tripas fez linguiça e comeu os pedacinhos que sobraram frito.
Adrian- 5º ano “A”
Foi quando pude ver a menina brincando com o gato enquanto um homem descarregava a mudança.  Fiquei vendo eles descendo, subindo, descendo, subindo com as mudanças e comecei a brincar  com o gato enquanto o pai trabalhava até que eles foram e voltaram com mais mudanças. Eles voltaram com uns filhotes de gato, que deixei dois com a minha irmã  e eles começaram a carregar brinquedos,  bicicletas e cadeiras. É, isso é esquisito. Trouxeram também um cachorro e o pai de Rodrigo Freitas voltou e foi assim.
Paulo- 5º ano “A”


A loira do banheiro
Autores da Reescrita: Vitor e João Pedro- 5º ano “A”
 Tudo começou com três garotos que saíam do banheiro batendo a porta, com a respiração ofegante. O  moço foi perguntar o que havia acontecido.
 O garoto falou que eram três  amigos,  ele que  se chamava  Ricardo, o Beto e o João.
Ele começou a contar que eles estavam no banheiro falando de garotas e que  tinha levado um fora de uma garota e eles decidiram que iam chamar a Loira do Banheiro. Eles bateram três vezes no espelho e deram três pulinhos ridículos.
Na saída eles viram três loiras idênticas.
Eles foram atropelados.
No hospital, eles viram elas no espelho.
Eles desmaiaram.
O escritor ficou assustado porque todos falam disso, da Loira do Banheiro.


A loira do banheiro
Heloisa Prieto
Na vida, tenho duas grandes paixões: literatura e cinema. Quando era menino, eu queria ser ator, trabalhar em filmes de aventuras, fazer papel de astronauta, de soldado, tudo que envolvesse muito perigo. Mas eu nasci no interior de São Paulo. Difícil realizar um sonho desses.
Quando eu tinha dezessete anos, comecei a ler histórias de terror. Conheço todos os grandes mestres do suspense: Edgar Allan Poe é meu preferido. Em segundo lugar está Bram Stoker, criador de Drácula.
Durante vários anos vivi todas es emoções mais intensas, o medo, o amor, o perigo, lendo livros ou sentado no cantinho escuro de um cinema. Sou um cara de sorte. Trabalho com aquilo que mais gosto: livros. Atuo como divulgador de uma grande editora. Percorro as escolas mostrando os lançamentos, contando as histórias, enfim, sou pago para ler, veja só. E sempre que eu tentava vender uma boa história de fantasmas, depois fechava o livro aliviado e comentava com os professores: escritores têm tanta imaginação... Já pensou se tudo isso fosse verdade?
Até  o dia em que descobri que o mistério nos ronda, nos assombra, também fora dos livros e dos filmes. E se os fantasmas existirem?
Afinal, há histórias assim no mundo todo... Essa dúvida me persegue e tudo começou por causa de uma história que me foi contada por três garotos apavorados.

Eu caminhava pelos corredores de uma escola levando meus livros, minha maleta com os catálogos editoriais, os braços repletos de panfletos anunciando os lançamentos.
Vi a porta do banheiro masculino abrir-se com toda violência. Dela saíram três jovens de mais ou menos dezessete anos de idade. Cabelos molhados, respiração ofegante, o rosto em pânico. Aquilo despertou minha curiosidade.
Na saída da escola, encontrei um deles, Ricardo era seu nome. Normalmente sou muito discreto, mas a curiosidade me matava.
- Vem cá, me conte, por que foi que vocês saíram correndo daquele jeito? Viram alguma assombração?
Ele custou um tempo para responder. Mas de repente disse bem baixinho;
- Mas eu vi mesmo, eu vi um fantasma.
- Que fantasma, garoto? Você está passando bem? Quer que eu chame sua professora?
- Não, escuta, eu só vou contar pro senhor, depois eu quero esquecer.
- Então conte, mas é melhor  sair daqui, do meio do corredor.
Fomos até o pátio, o garoto respirou fundo e começou a me contar:
- Bom, o negócio começou assim: eu tenho mais dois amigos. Eu sou o Rico, depois vem o Betão. O Betão é cético. Ele tem que ver para crer. Só que ele nunca vê nada. Aliás, ele vê sim. Garotas. O cara é magrinho, tropeça em tudo, mas faz o maior sucesso. Dá raiva, até. Bom, tem também o João. Ele ri muito, é o contrário do beto, acredita em tudo que se fala. Chupa-cabra, ET de Varginha, Loira do Banheiro e daí vai.
- E você? É cético ou crédulo?- perguntei, achando engraçado o jeito do menino.
- Eu? Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, como dizia minha avó. Eu acredito e não acreditoo. Não vou dizer que preciso ver para crer, porque dá de ver...
- E você já viu alguma coisa estranha, certo?- sugeri.
- Certo. Foi assim: nós três estávamos no banheiro falando das meninas. O único de nós que já teve namorada foi o Beto, claro. O João estava sentado no chão. E eu estava louco da vida. Tinha levado um fora de uma garota. Foi então que tive uma ideia. Era maligna, agora eu sei, Até hoje me arrependo. Mas quando vi, já tinha falado “E se a gente chamasse a tal da Loira do Banheiro?” O senhor já ouviu falar?
- Não- respondi, achando aquela conversa engraçada.
-Vai me dizer que ela apareceu para vocês.- eu disse incrédulo.
- Bem, nós fizemos tudo que era preciso: bater três vezes no espelho, falando bem baixo, com voz de apaixonado, loira, loira, loira, depois a gente deu descarga três vezes e três pulinhos ridículos. Mas eu estava tão bravo naquele dia...resolvi fazer palhaçada, pensava que era só brincadeira.
Mas não era, não.
Lembro de tudo até hoje.
Corri para o espelho.
Beijei minha boca.
Sussurrei: loira, loirinha, vem cá...
Meus amigos morriam de rir.
Fizeram igual.
Depois, todos nós demos três descargas.
Ríamos tanto que a barriga doía.
Depois demos os três pulinhos. Foi nisso que apareceu o diretor.
Resultado: suspensão para todos nós.
Na volta para casa, meus amigos estavam muito bravos comigo.
De repente, eu vi. Uma loira linda. Atravessando a rua.
- A loira!- gritei.
- Você está louco? Essa loira é gente, não é fantasma coisa nenhuma!- o João falou.
Do outro lado da calçada, a loira caminhava, sorria e acenava de longe. Quase desmaiei. Só não desmaiei porque apareceu outra loira. É isso mesmo. Eu ia gritar, mas aí surgiu a última loira. Idêntica. Loiras trigêmeas. Uma para cada um de nós.
Bom, atravessamos a rua feito loucos. As loiras nos acenavam do outro lado. Nem vimos os carros, nem ouvimos a buzina, nem o ruído do breque.
Quando acordamos, estávamos no hospital. Uma ao lado da outra. Todos nós machucados, braços, perna na tipoia.
De repente, Betão estendeu a mão para o espelho do quarto do hospital e gritou assim:
Olha lá, as loiras!
Dentro do espelho.
Acenando adeus. Rindo.
Desmaiamos outra vez.
É por isso que nunca vamos ao banheiro sozinhos, de jeito nenhum. E se ela aparecer?
Quando o menino acabou sua história, levantou-se e foi embora rapidamente.
Fiquei pensando, essa história dava um bom conto de terror, a garotada invenrta cada coisa para acabar com o tédio... Loira do Banheiro!
Mas naquela noite, sonhei com lindas loiras fantasmagóricas, dançando nos reflexos dos espelhos, na tela da televisão... Acordei pensando que aquilo já estava virando um exagero. Afinal, era só um desses casos malucos, bobagem de criança. Acontece que, daquele dia em diante, cada vez que entro no banheiro de uma escola, lembro-me da Loira Fantasma.
Confesso que, ao longo do tempo, encontrei várias outras crianças assustadas com essa mesma assombração. Parece epidemia. Um medo que contagia. É, porque aos poucos, vou ser sincero, eu também comecei a sentir medo. Mesmo sendo um adulto, mesmo conhecendo tantas outras histórias e tantos filmes de terror, há dias em que entro no baneiro bem rápido, lavo as mãos sem olhar para o espelho e, quando fecho a porta, respiro bem aliviado.
Esse for tudo verdade?
E se os fantasmas existirem?
Como é que ficam os vivos? Uma coisa eu sei.
Depois da Loira, todas as outras histórias viraram bobagem, invenção de escritor.

(Heloísa Prieto, A Loira do Banheiro e outras histórias: São Paulo: Ática, 2007.p.27-32)



A morte de Emanuela
Autor do final da história: Pedro- 3º ano “C”
Esta história foi contada pela minha mãe quando eu era pequeno. Suspeitei, na época, que era uma invenção para me manter longe do sótão dos Winston. Os acontecimentos seguintes me mostraram que eu estava errado. Jamais poderia imaginar a importância que essa história teria para minha vida. Ou, no caso para minha morte. Eis o meu relato.
“Há três gerações, havia uma jovem garota Winston, Emanuela, que encantava a todos com sua beleza e bondade. Um dia, ela foi fazer uma arrumação no sótão e desapareceu misteriosamente. Foram feitas buscas por toda a propriedade e por toda cidade. Nunca mais foi vista. Desde então, o sótão está fechado, e todos estão proibidos de entrar lá.”
Emanuela tinha visto uma porta de ouro e começou a bater nela. A porta se abriu misteriosamente. Havia um espelho atrás da porta e, quando o descobri, ele ficou me puxando também. Quando olhei nele, seu brilho como o raio de sol e as mãos que saíram do espelho eram muito transparentes e me puxaram para dentro dele. Quando cai no espelho, senti como se estivesse no espaço e quando pisquei, vi que estava com a pele branca, tinha sangue no meu corpo inteiro e eu estava muito magro e não tinha pés. Quando me vi no espelho, vi que eu era um fantasma.
Eu estava morto, junto de Emanuela.


Maria Angula

Produzindo novos finais para a história

- MARIA ANGULA, DEVOLVA AS MINHAS TRIPAS E O MEU ESTÔMAGO QUE VOCE ROUBOU DA MINHA SANTA SEPULTURA.


O defunto falou que iria comê-la.
Ela gritou.
O Manoel acordou e foi para a fazenda da mãe dele.

Vitor e João Pedro - 5º ano “A”
Maria Angula disse:
-Ah, é? Vem pegar!
O defunto pegou o facão e cortou a barriga dela e arrancou as tripas dela e pôs no bucho. O marido não sabe como ela morreu até hoje.

Fabyel e Matheus- 5º ano “A”
Ela se escondeu debaixo do lençol.
O defunto gritou novamente:
- Maria Angula, devolva minhas tripas e o meu estômago que você roubou da minha santa sepultura.
O Manoel acordou e deu de cara com a assombração. Ele ficou espantado e o fantasma percebeu que o Manoel comeu as tripas e o estômago dele e falou:
- Manoel devolva as minhas tripas e o meu estômago que você comeu.
O Manoel disse:
- Mas foi a minha esposa que deu as suas tripas e o seu estômago para eu comer. Eu não tenho culpa que ela me deu. Você quer que eu te devolvo?
- Sim.
Manoel vomitou o jantar sabendo que eram as tripas e o estômago do morto.
- Tome sua tripa e o seu estômago, com uma condição: deixar a gente em paz.
O defunto pegou suas tripas e o seu estômago e foi embora.
O Manoel ficou muito bravo com a esposa Maria Angula e a colocou em um curso de culinária para ela não pedir mais ajuda da vizinha, dona Mercedes.

Pedro e Patrícia-  3º ano “C”, Thallysson e Ana Laura- 3º ano “D”


Maria Angula
Autor da Reescrita: Matheus- 5º ano “A”
Maria Angula era  uma menina alegre,  filha de um fazendeiro de Cayambe. Era louca por uma fofoca, linguaruda e vivia fazendo intrigas com os amigos para jogá-los uns contra os outros. Por ser  leva-e-traz linguaruda, era chamada de moleca fofoqueira.
Assim viveu até os dezesseis anos, decidida armar confusão entre os vizinhos ser tem tempo de aprender a preparar comida e  quando Maria Angula se casou,  começaram os problemas. No primeiro dia o marido pediu-lhe que fizesse uma sopa de pão de miúdos, mas ela não tinha a menor ideia de como prepará-la. Não fazia ideia de como acender o caldeirão. Então Maria Angula pensou  que na casa vizinha tinha uma cozinheira de mão cheia, sem nem pensar correu lá.
- Minha cara vizinha por acaso você sabe fazer sopa de pão de miúdos?
- Claro que sei, primeiro você pega um pão coloca numa sopa e coloca os miúdos.
A Maria falou:
- Só isso? Mas isso eu já sabia.
Ela fez e o marido comeu até lamber o beiço.
No segundo dia o marido disse:
- Eu quero batata com toicinho.
Maria Angula nem pensou. Voando voltou na casa da vizinha e repetiu isso várias vezes.
No dia seguinte, o marido da Maria Angula queria comer  tripa e buxo e a vizinha da Maria Angula pensou  “ Vou me vingar dessa Maria Angula”.
-Você tem que ir no cemitério,  no último corpo de defunto. Ela foi e cortou a barriga e tirou e foi bem fácil. Depois o marido comeu e lambeu os beiços.
No meio da noite o defunto foi ate lá e pediu:
- Maria Angula devolva minha tripa que você roubou de mim, devolva.
A Maria tampou a cabeça com a coberta e o defunto puxou o pé dela e nunca mais ninguém viu nem ouviu falar dela.


O cemitério assombrado
Autor: Adrian- 5º ano “A”
Um dia, um menino foi ao cemitério porque seus amigos apostaram se ele entrava lá e ele disse:
- Entro.
E ele entrou.
Os amigos procuraram por ele e acharam a mochila, mas não encontraram o corpo dele.
Ele começou a gritar e os amigos esperaram até ele sair de detrás de um caixão. Estava muito assustado e os amigos perguntaram:
- Por que você está tão assustado e sujo? E sua roupa toda rasgada?
O menino respondeu:
- Foi a Mulher de Vermelho.
A mulher andava quase o cemitério inteiro. Ela logo  pegou outro menino.
As crianças ficaram preocupadas,  acharam uma chinela e queriam saber quem era o dono do calçado. Um dos amigos disse ao outro:
- Você é muito corajoso!
De repente viram uma vela no chão e a Mulher de Vermelho dentro do círculo de velas acesas no escuro.
Chegaram e olharam para ela. Era uma velhinha.
Eles correram e acharam o menino da chinela e foram embora com tanto medo que um deles defecou nas calças.
Era tanto medo no meio do peito que dava para ver pela cara deles. Eles acharam a saída e nunca mais viram ela na vida.




O cemitério assombrado
Autor: Paulo- 5º ano “A”
Marcos, Gabriela, Juvenal e Fabinho adoravam fazer apostas.
-Duvido que você durma na floresta em noite de lua cheia.
- Duvido que você durma em um terreno assombrado por três noites.
Mas nenhuma aposta seria mais assustadora do que a última:
- Duvido que você entre no cemitério de noite.
- Sim, eu sou um menino corajoso- disse um deles entrando no cemitério.
Marcos entrou no cemitério e escutou uns barulhos “Annn, ann, ann...” e viu uma Mulher de Vermelho. Ela falou:
- Bem vindo ao cemitério assombrado! Há, há, há!
Os amigos foram procurá-lo.
- Ei, Marcos, cadê você? Nós já sabemos que você é corajoso.
Os amigos acharam sua mochila no chão.
Depois, Marcos apareceu com a roupa toda rasgada.
Os meninos perguntaram:
- E porque essa roupa toda rasgada?
- Foi a Mulher de Vermelho.
- Que Mulher de Vermelho? Você está maluco?
Daí em diante o menino Marcos ficou ouvindo vozes .
- Rararrarrarar...



O chamado
Autoras: Sabrina- 5º ano “A”  e Maria Eduarda- 5º ano  “C”
Era uma vez três meninos: José, Vitor e Guilherme.
Eles compraram uma casa. Vitor via uma assombração no quarto e na cozinha. Guilherme ouvia vozes. Era o morto. Ele pedia ajuda.
José não acreditava. Vitor falava que era verdade, mas o amigo pensava que eram eles que estavam fazendo assombração. Eles resolveram procurar na casa. Vitor só ficava pensando: será que ele tinha visto de verdade? Foi quando ele ouviu a voz do morto:
- Eu fui atropelado por um dentista.
Vitor e Guilherme chamaram José para ver a assombração, mas a assombração desapareceu.
De repente José ouviu vozes e falou:
- Vocês ouviram a voz?
- Nós ouvimos, por quê?
- Porque eu também ouvi.
A voz dizia:
- Eu estou enterrado no quintal, o homem que me atropelou escondeu o meu corpo. Avise minha família por favor, para que meu espírito fique livre.
Os meninos assim o fizeram, mas sempre que passam em frente ao cemitério, ouvem vozes:
- Uhuhuhuuuuuu...


O mistério da Emanuela
Autora do final da história: Patrícia- 3º ano “C”
Esta história foi contada pela minha mãe quando eu era pequeno. Suspeitei, na época, que era uma invenção para me manter longe do sótão dos Winston. Os acontecimentos seguintes me mostraram que eu estava errado. Jamais poderia imaginar a importância que essa história teria para minha vida. Ou, no caso para minha morte. Eis o meu relato.
“Há três gerações, havia uma jovem garota Winston, Emanuela, que encantava a todos com sua beleza e bondade. Um dia, ela foi fazer uma arrumação no sótão e desapareceu misteriosamente. Foram feitas buscas por toda a propriedade e por toda cidade. Nunca mais foi vista. Desde então, o sótão está fechado, e todos estão proibidos de entrar lá.”
Emanuela não foi encontrada.
A chuva começou, muitos relâmpagos, portas rangendo e as doze badaladas do relógio marcavam o mistério.
A mãe de Emanuela ficou muito preocupada e pediu ajuda para encontrá-la.
No meio do silêncio, vozes saiam do porão.
Dias se passaram e a mãe de Emanuela pôs cartazes.
Sem se esperar, Emanuela apareceu. A mãe perguntava:
- Onde você estava?
Mas ela não dizia nada porque era um cadáver. Estava pálida e ninguém a reconhecia. Emanuela não falava e nunca se soube como foi a morte de Emanuela.


Quando os Vilões se Encontram (José Roberto Torero)
Continuando a história...
            Estavam todos lá. Pense num, em qualquer um, e ele estava lá. O Capitão Gancho? Lá. A madrasta e as irmãs de Cinderela? Lá. A Rainha Malvada de Branca de Neve? Também. A Bruxa Má do Oeste? É claro que estava lá.
            E isso sem falar em Dick Vigarista, Freddy Krueger, Coringa, Darth Vader, Mancha Negra, Lex Luthor, Cavaleiro Negro e mais algumas bruxas, uns dragões e outros monstros.
            Era a Reunião Universal dos Inimigos Malvados, a R.U.I.M.
            Todos chegaram à meia - noite em ponto ao Salão Negro do Castelo das Assombrações.
            O Lobo Mau, que era o presidente da associação, tomou a palavra e disse:
            - Caros vilões, estamos aqui reunidos por um motivo muito importante: ninguém respeita nossos direitos. Em todos os finais de história nós apanhamos e perdemos, sempre. Basta! Precisamos lutar contra isso! Precisamos virar a mesa, certo?
            - Certo! - gritaram todos.
            - Pois bem, meus amigos, e para lutar pelos nossos direitos proponho que fundemos um partido político, o PPPP: Partido dos Pulhas, Patifes e Pilantras! Quem estiver de acordo levante a mão, o gancho ou o rabo.
            Imediatamente todos os vilões levantaram alguma coisa.
            - Então, meus caros - continuou o Lobo Mau -, solenemente declaro fundado o PPPP. Com ele, em breve vamos concorrer aos principais cargos públicos. Seremos vereadores, deputados e senadores, governadores e prefeitos. Talvez até façamos o presidente!
            “Urruuuuu!”, “Éééééé!”, “Fiiiiiiu!”, “É nóis!”, urraram, assobiaram e gritaram os vilões, entusiasmados.
            Nesse instante, o Lobo teve a idéia do slogan de sua candidatura:
            “Lobo Mau: ninguém gosta mais de vovozinhas do que ele”.
            Muitos outros vilões também começaram a imaginar como seriam suas campanhas.
            Por exemplo...

Lex Luthor:
- Se alguém votar em mim, eu não mato.
O Cavaleiro Negro disse em favor de sua campanha:
- Eu vou ajudar todos os vilões, menos as pessoas boas.
Freddy Krueger disse:
- Eu ajudarei todos os vilões, se mexerem com meus amigos, eles pagarão duro nos seus sonhos...
O Mancha Negra disse:
- Se não obedecerem as minhas ordens, vou matar todos com raio laser.
O Coringa falou:
- Vou salvar somente os malvados e matar os heróis, como o Batman. Que todos os vilões me ajudem.
Matheus, Fabyel e Vitor- 5º ano “A”
Havia muita assombração e uma caveira na porta.
Lá dentro tinha uma bruxa, com o nariz muito grande.
Guilherme e João Pedro 5º ano “A” e Abner 5º ano “B”
O Capitão Gancho faria o mal às crianças.
O Coringa faria o mal ao Batman.
O lobo mal faria mal aos porquinhos.
O Dick Vigarista tentaria pegar o pombo.
Cauã- 4º ano “B”
A bruxa e o leão barbudo também estavam lá.
A bruxa do bem morreu, mas seu irmão chamou sua mãe e seu irmão beijou a bruxa e assim ela sobreviveu.
Maria Eduarda - 5º ano “C” e Sabrina- 5º ano“A”
                O Capitão Gancho foi à cidade e capturou o prefeito, amarrando-o com uma corda em um tronco. Ele perguntou:
            - Cadê o tesouro?
            O prefeito falou:      
            - Está debaixo da terra.
            O Capitão Gancho chamou seus ajudantes e cavou até o fundo e encontrou o tesouro. Ele ficou feliz, libertou o prefeito, foi embora e repartiu o tesouro com os outros vilões.
Letícia e Cauani- 5º ano “B”



Reescrita Coletiva do Filme: A casa monstro
Autores: Gabriella,  Janaina, Lauany, Adrieli e Maikon- 4º ano”A” e
Cleber - 5º ano “B”
Um menino chamado DJ passava o dia inteiro olhando com o binóculo a casa de um vizinho velho e rabugento porque ele achava que era uma casa mal assombrada.
DJ e seu amigo Chowder estavam jogando basquete até que sem querer seu amigo deixou a bola cair no gramado do seu vizinho. Eles foram tentar pegar a bola e pisaram no gramado. Então a porta se abriu e o DJ ficou com medo. O velho gritou com os meninos para saírem do gramado dele.
            Jenny era uma menina que estava vendendo doces e quando ela foi apertar a campainha da casa assombrada, os meninos começaram a gritar para ela não apertar e saíram correndo do quarto do DJ para tirar a menina de lá.
O namorado da babá tinha ido na casa monstro para pegar a sua pipa. Nisso apareceu a língua da casa que era um tapete e engoliu ele.
As crianças chamaram a polícia porque a casa queria comê-las, mas os policiais não acreditaram na história, colocaram as crianças na viatura e foram apertar a campainha.
As árvores pegaram o policial e depois o seu parceiro e os engoliu.
Os galhos da árvore pegaram a viatura com as crianças dentro e também engoliu-as.
Lá dentro as crianças concluíram que tinham que atingir o coração da casa para que ela explodisse.
Elas caíram dentro de um lugar cheio de brinquedos e com fotografias da mulher do velho rabugento.
Pelas fotografias perceberam que ela era muito gorda! Ela vivia dentro de uma jaula do circo e o velho rabugento gostava muito dela e quando ela estava chorando, ele a libertou da jaula e a levou para um lugar bem longe, onde construíram a casa.
No Halloween, apareceram algumas crianças para pedir doces e jogaram ovo na mulher Ela ficou muito nervosa e assustada com as crianças. Quando saiu gritando “Socorro!”, caiu dentro do cimento da casa que estava sendo construída. Seu marido gritou:
- Constância!
Ela morreu e deu vida à casa.
As crianças jogaram uma bomba na chaminé e explodiram a casa. Nesse momento houve uma chuva de brinquedos. O velho devolveu cada brinquedo para seu dono. Era dia de Halloween e o mistério as casa monstro havia sido resolvido.
Os pais do DJ chegaram e os meninos foram se divertir no Halloween.


O baile do caixeiro viajante
Autor da Reescrita: Fabyel- 5º ano “A”
            Numa cidade pequena do interior, era dia de festa. Nos dias de festa, eram muitas pessoas que participavam porque podiam arrumar namorado e namorada.
Na cidade passou um caixeiro viajante chamado Leôncio. Ele ia embora no mesmo dia, mas a sua carroça teve um problema e ele teve que passar um dia na cidade. O  empregado do hotel que ele estava disse:
            - Por que você não vai no baile?
O Leôncio falou:
- Eu vou.
Leôncio escolheu sua melhor roupa e ele foi ao baile. No começo da festa ele viu um mulher que passou na frente dele e deixou a chave cair e ele pegou a chave e disse:
- Você pode me compensar dançando uma música comigo.
Ele dançaram  até o final do baile. Ele levou –a e até o centro da cidade, na frente da igreja e ela falou:
-Está tão frio aqui.
Leôncio disse:
- Use esse manto, ele vai te aquecer. Amanhã às 8h30m você volta aqui e me entrega.
No outro dia, quando era  8h30m da noite ele foi e esperou até meia- noite, mas ela não apareceu.
No outro dia, ele perguntou sobre a garota e ninguém soube dela. Depois de algumas horas alguém reconheceu e falou para ele o seguinte:
-Essa mulher está morta.
O caixeiro não acreditou. O moço  o levou até a metade do cemitério e disse para o caixeiro:
- Continue sem mim eu não gosto dessa parte do cemitério.
Ele foi até o  lado da colina e se deparou com o túmulo da jovem e em cima, seu manto.


Uma casa assombrada
Autor: Pedro- 3º ano “C”
Vivia numa casa assombrada um grande e assustador fantasma que não deixava ninguém entrar na casa.
De algum jeito, uma mulher e seu filho entraram na casa para morar nela. A mulher se chamava Paula e o menino se chamava João.
No dia seguinte, o fantasma via que João e  Paula estavam na casa. Então entrou na casa gritando:
            - Saiam da minha casa seus infelizes!
João e Paula ficaram assustados e saíram da casa correndo. Então, o fantasma ficou satisfeito. No outro dia, João e Paula voltaram com um  policial. O  fantasma viu eles chegando e  ficou tão bravo,  mais tão bravo que foi forçado a possuir a casa.
Quando o policial entrou na casa, a porta se fechou sozinha e o fantasma apareceu apavorando, mas a Paula e o João estavam armados com espadas e outras armas.
Assim o fantasma ficou com medo e desapareceu da casa e nunca mais ele foi visto, graças a João e Paula.


Valdir, o vampiro
Autora do texto com lacunas: Amanda- 3º ano “C”
Dizem que os vampiros são seres assustadores, mas Valdir é um vampiro e ele é muito simpático.
Ele tem 90 anos de idade e virou vampiro quando outro vampiro mordeu ele e ele virou vampiro.
Antes de ser vampiro, ele tinha muito medo desses seres e sempre diziam que os vampiros não podiam ficar mordendo as pessoas porque talvez as pessoas morreriam e que os vampiros costumavam fazer maldade. Logo ele viu que não era bem assim...
O melhor amigo de Valdir é Cláudio. Eles se conheceram quando eles eram crianças e acabaram se tornando grandes amigos.
Valdir mora na casa ao lado e tem hábitos bem interessantes. À noite, ele sempre sai de casa para morder as pessoas e durante o dia ele fica em casa esperando anoitecer.


Valdir, o vampiro
Autor do texto com lacunas: Sanderson- 4º ano “B”
Dizem que os vampiros são seres assustadores, mas Valdir é um vampiro e ele é muito simpático.
Ele já tem  1.000.000.000.000.000 anos de idade e virou um vampiro quando o amigo mordeu ele.
Antes de ser vampiro, ele tinha muito medo desses seres e sempre diziam que os vampiros não podiam sair no sol porque eles se queimavam e que os vampiros costumam beber sangue. Logo ele viu que não era bem assim...
O melhor amigo de Valdir é vampiro. Eles se conheceram quando seu amigo virou vampiro e acabaram se tornando grandes amigos.
Valdir mora no caixão e tem hábitos bem interessantes. À noite, ele sempre come e durante o dia ele queima.


Dramatização da história


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O baile do caixeiro viajante

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Televisão confeccionada pelos alunos com a história


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